terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A viúva de Sarepta e a Sunamita.

A viúva de Sarepta e a Sunamita.
1 Reis 17:9-24; 2 Reis 4:8-37)
Análise de Dois.
Contrastes! Diferenças!

1-    Posição Social delas.
- A viúva de Sarepta era pobre.
- A Sunamita era importante, rica.

2-    Diferenças de Generosidade (hospitalidade) de ambas.
- Elias quase teve que obrigar a viúva de Sarepta a lhe dar pão.
- A Sunamita quase teve que obrigar o profeta Eliseu a comer pão.

3-    Diferenças condicionais  de ambas.
- A diferença principal entre elas é  a diferença espiritual.
-A diferença somente pode ser vista na comunhão e não na condição, E isto pode ser visto em cada movimento da Sunamita.
a-                           A viúva de Sarepta contemplava a morte, tendo ao lado uma vasilha com um pouco de farinha, e um frasco vazio de azeite;
b-                          A Sunamita via ao Deus da ressurreição do outro lado da morte e esterilidade da natureza. Sua fé esperava “grandes coisas” do Deus vivo, e ela não foi decepcionada. A ela foi permitido abraçar um filho.
c-                           A viúva de Sarepta esperava apenas que o Deus da Providência iria encher as suas vasilhas.
d-                          A Sunamita, por outro lado, olhava para o Deus da ressurreição vivificando os mortos.
e-                          A viúva de Sarepta teve que descer às profundidades para obter conhecimento.
f-                            A Sunamita levou consigo o conhecimento às profundidades, e como consequência, obteve um conhecimento de Jeová mais profundo ainda.
g-                           A viúva de Sarepta estava na presença da morte, não conhecendo nada acerca da ressurreição.
h-                          A Sunamita, no poder da ressurreição, foi capacitada para andar, como uma vencedora, através das circunstâncias da morte (Comp. Fil. 3:10). Ela foi capacitada a deitar o corpo de seu filho morto na cama do homem de Deus, aos pés do Deus da ressurreição, a Quem ela conhecia, e que podia vivificar tanto a ela como a seu próprio filho.
i-                             Será possível que alguns de nós possam não ver estas diferenças?

4-      As ambições destas duas mulheres.
A viúva de Sarepta. (Olha que situação)! Na verdade podemos dizer que ela não tinha nenhuma ambição; aguardava apenas a morte.
a-     Vive Jeová teu Deus, que não tenho pão cozido; somente um punhado de farinha tenho na tigela, e um pouco de azeite numa vasilha; e vês aqui, vou apanhar dois cavacos, para entrar e prepará-lo para mim e para meu filho, para que o comamos e  morramos” (1 Reis 17:12)
b-    Um futuro bastante sombrio para a natureza! Pois a fé olha para além das vasilhas e frascos vazios, à mão liberal que é capaz de enchê-las. Se Elias andasse por vista, seu coração teria desmaiado completamente quando  encontrou à viúva.
c-   Ela estava na pior posição possível para provar a realidade dessa graça que estava fluindo além dos limites de Israel, para alcançar aqueles que eram “estrangeiros e peregrinos”.
d-   Ela não estava preparada para valorizar a santa dignidade que lhe estava sendo conferida. Ela teve que ser “obrigada” a provar da plenitude do amor e da misericórdia divina.
e-   Havia lentidão em seu coração para confiar-lhe à verdade da promessa. Lamentavelmente, quanto nós parecemos com ela! Quão tardos somos para abrir nossas bocas amplamente! Quão indispostos a apoiar-nos nas promessas de Deus, porque conhecemos pouco do Deus das promessas!

A Sunamita.
a-     Ela tinha uma necessidade que nem o “rei” nem o “comandante do exército” podiam suprir.
b-    Ela desejava, ardentemente, conhecer o poder vivificador do Deus da ressurreição.
c-     Ela anelava ocupar o mesmo lugar que Sara e Ana ocuparam em gerações anteriores.
d-    Ela desejava ver ao Deus vivo, andando na grandeza do Seu poder e triunfo, em seu caso, sobre toda a debilidade e morte da natureza.
e-     Ela anelava gozar dos raios brilhantes da glória divina, ter comunhão com a mais alta verdade e andar nos mais elevados caminhos da vida divina.

5-    O resultado prático na vida de ambas.
A primeira coisa que vemos é que os resultados práticos apresentados na vida de cada uma delas foi  foram bem diferentes, assim temos:
a-     A Sunamita estava num fundamento muito mais elevado que a viúva de Sarepta.
b-    Ambas foram objetos da graça, mas mesmo assim, certamente, sua comunhão com Deus também foi muito diferente.
c-     No caso da viúva de Sarepta, a morte estava revivendo em sua memória o seu pecado.
d-     Para a Sunamita, a morte estava apenas preparando uma cenário no qual o Deus da ressurreição pudesse mostrar-se a Si mesmo.
e-     A viúva de Sarepta disse ao homem de Deus, “Que tenho eu contigo?” (1 Reis 17:18).
f-      A Sunamita levantou-se e correu em busca dos recursos inesgotáveis da fé, compartilhando suas necessidades apenas com o Deus da ressurreição.
g-    Desta forma, quanto à diferença entre estas honradas mulheres, que passaram por circunstâncias similares.
h-     A Sunamita ultrapassou e muito à viúva de Sarepta, ou seja, foi mais adiante. A primeira foi levada, pelas asas de uma fé mais vigorosa, a regiões que a última não pode chegar.
i-      Ela se movia numa esfera mais alta de comunhão. O mundo espiritual tem suas esferas, como também o mundo natural ou social tem as suas; e a esfera na qual nos moveremos dependerá da medida de nossa comunhão com Deus; e a comunhão será conforme a nossa fé.
j-      Agora, a Sunamita parece ter-se movido num círculo espiritual mais alto. Seu conhecimento de Deus e de Seus caminhos eram mais profundo.
k-     Ela possuía um segredo que não podia comunicar, quer fosse a seu marido, ou a Geazi. Nem um nem o outro poderiam compreendê-la.
l-      Ela havia fechado a porta sobre seu filho morto, e deu suas costas à escura recâmara da morte, como que dizendo que ninguém podia, ou devia entrar ali, salvo o Deus da ressurreição.
m-    Ela escreveu num cheque o valor que precisava, e deixou que Jeová o assinasse. Ele recusou?  Ele se lamentou devido ao elevado preço do custo? Não! A fé desta nobre mulher o estava introduzindo numa cena onde, sobre todas as outras, os raios da Sua glória podiam brilhar com todo seu esplendor.
n-     Ele podia encher uma recâmara com luz, e uma fé silenciosa com os sonidos da vida.
o-    Esta foi uma obra gloriosa, e somente a fé sabe que Deus pode fazer estas coisas. “Tudo estará bem”, disse a Sunamita: porque sua alma estava cheia com a segurança de que o objeto amado que ela acabava de deixar na recâmara da morte, seria ressuscitado pelo Deus da ressurreição.
p-    E ela não foi desiludida. “se lançou a seus pés, e se inclinou a terra; e depois tomou seu filho, e saiu”. Quando o Deus da ressurreição estava ali como o autor da vida, ela, então, pode entrar como uma adoradora.

6-    Conclusão:
a-    Lamentavelmente, nós tememos, que haja muitos entre nós que conhecem pouco disto!
b-    Muitos de nós estamos satisfeitos em tomar o baixo fundamento da viúva de Sarepta, em lugar do elevado fundamento da Sunamita.
c-     Sentimo-nos felizes em encontrarmos as vasilhas e os frascos cheios como uma Providencia liberal de Deus, e falhamos em buscar o caráter mais profundo de uma comunhão que flui de ver ao Deus que ressuscita os mortos.
d-     Verdadeiramente doces são as misericórdias providenciais de nosso Deus; mas certamente há algo mais elevado que estas coisas. A comunhão com Ele mesmo.
e-     E onde isto pode ser provado? Do outro lado da morte. Não necessitamos da ressurreição para encher uma vasilha ou um frasco vazio; mas, sim, para vivificar um corpo morto e ressuscitar um filho da morte.
f-      Eis o segredo para todos nós se quisermos provar desta abundante graça.
g-    Que Deus seja engrandecido em tudo isto. Amém!

J.B.C.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Páscoa

A Páscoa (Êx. 12:1-14).   “E FALOU o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Este mesmo mês vos será o princípio dos mese...