A viúva de Sarepta e a Sunamita.
1 Reis
17:9-24; 2 Reis 4:8-37)
Análise de Dois.
Contrastes! Diferenças!
1-
Posição
Social delas.
- A viúva de Sarepta era pobre.
- A Sunamita era importante, rica.
2-
Diferenças
de Generosidade (hospitalidade) de ambas.
- Elias quase teve que obrigar a
viúva de Sarepta a lhe dar pão.
- A Sunamita quase teve que obrigar o
profeta Eliseu a comer pão.
3-
Diferenças
condicionais de ambas.
- A diferença principal entre elas é a diferença espiritual.
-A diferença somente pode ser vista
na comunhão e não na condição, E isto pode ser visto em cada movimento da
Sunamita.
a-
A viúva
de Sarepta contemplava a morte, tendo ao lado uma vasilha com um pouco de farinha,
e um frasco vazio de azeite;
b-
A
Sunamita via ao Deus da ressurreição do outro lado da morte e esterilidade da natureza.
Sua fé esperava “grandes coisas” do Deus vivo, e ela não foi decepcionada. A ela
foi permitido abraçar um filho.
c-
A viúva
de Sarepta esperava apenas que o Deus da Providência iria encher as suas vasilhas.
d-
A Sunamita,
por outro lado, olhava para o Deus da ressurreição vivificando
os mortos.
e-
A viúva
de Sarepta teve que descer às profundidades para obter conhecimento.
f-
A
Sunamita levou consigo o conhecimento às profundidades, e como consequência, obteve
um conhecimento de Jeová mais profundo ainda.
g-
A viúva
de Sarepta estava na presença da morte, não conhecendo nada acerca da ressurreição.
h-
A Sunamita,
no poder da ressurreição, foi capacitada para andar, como uma vencedora,
através das circunstâncias da morte (Comp. Fil. 3:10). Ela foi capacitada a deitar
o corpo de seu filho morto na cama do homem de Deus, aos pés do Deus da ressurreição,
a Quem ela conhecia, e que podia vivificar tanto a ela como a seu próprio filho.
i-
Será
possível que alguns de nós possam não ver estas diferenças?
4- As
ambições destas duas mulheres.
A
viúva de Sarepta. (Olha que situação)! Na verdade podemos dizer que ela não
tinha nenhuma ambição; aguardava apenas a morte.
a-
Vive Jeová teu Deus, que não tenho pão cozido; somente
um punhado de farinha tenho na tigela, e um pouco de azeite numa vasilha; e vês
aqui, vou apanhar dois cavacos, para entrar e prepará-lo para mim e para meu filho,
para que o comamos e morramos” (1
Reis 17:12)
b-
Um futuro bastante sombrio para a natureza! Pois a fé
olha para além das vasilhas e frascos vazios, à mão liberal que é capaz de
enchê-las. Se Elias andasse por vista, seu coração teria desmaiado completamente
quando encontrou à viúva.
c-
Ela estava
na pior posição possível para provar a realidade dessa graça que estava fluindo
além dos limites de Israel, para alcançar aqueles que eram “estrangeiros e peregrinos”.
d-
Ela
não estava preparada para valorizar a santa dignidade que lhe estava sendo
conferida. Ela teve que ser “obrigada” a provar da plenitude do amor e da misericórdia
divina.
e-
Havia
lentidão em seu coração para confiar-lhe à verdade da promessa. Lamentavelmente,
quanto nós parecemos com ela! Quão tardos somos para abrir nossas bocas amplamente!
Quão indispostos a apoiar-nos nas promessas de Deus, porque conhecemos pouco do
Deus das promessas!
A
Sunamita.
a- Ela tinha uma necessidade que nem o “rei”
nem o “comandante do exército” podiam suprir.
b- Ela desejava, ardentemente, conhecer o
poder vivificador do Deus da ressurreição.
c- Ela anelava ocupar o mesmo lugar que
Sara e Ana ocuparam em gerações anteriores.
d- Ela desejava ver ao Deus vivo, andando na
grandeza do Seu poder e triunfo, em seu caso, sobre toda a debilidade e morte da
natureza.
e-
Ela anelava
gozar dos raios brilhantes da glória divina, ter comunhão com a mais alta verdade
e andar nos mais elevados caminhos da vida divina.
5-
O
resultado prático na vida de ambas.
A primeira
coisa que vemos é que os resultados práticos apresentados na vida de cada uma
delas foi foram bem diferentes, assim
temos:
a-
A Sunamita
estava num fundamento muito mais elevado que a viúva de Sarepta.
b-
Ambas
foram objetos da graça, mas mesmo assim, certamente, sua comunhão com Deus também
foi muito diferente.
c-
No
caso da viúva de Sarepta, a morte estava revivendo em sua memória o seu pecado.
d-
Para a Sunamita, a morte estava apenas
preparando uma cenário no qual o Deus da ressurreição pudesse mostrar-se a Si mesmo.
e-
A viúva
de Sarepta disse ao homem de Deus, “Que tenho eu contigo?” (1 Reis 17:18).
f-
A Sunamita
levantou-se e correu em busca dos recursos inesgotáveis da fé, compartilhando
suas necessidades apenas com o Deus da ressurreição.
g- Desta forma, quanto à diferença entre
estas honradas mulheres, que passaram por circunstâncias similares.
h- A Sunamita ultrapassou e muito à viúva
de Sarepta, ou seja, foi mais adiante. A primeira foi levada, pelas asas de uma
fé mais vigorosa, a regiões que a última não pode chegar.
i- Ela se movia numa esfera mais alta de comunhão.
O mundo espiritual tem suas esferas, como também o mundo natural ou social tem
as suas; e a esfera na qual nos moveremos dependerá da medida de nossa comunhão
com Deus; e a comunhão será conforme a nossa fé.
j- Agora, a Sunamita parece ter-se movido num
círculo espiritual mais alto. Seu conhecimento de Deus e de Seus caminhos eram
mais profundo.
k- Ela possuía um segredo que não podia
comunicar, quer fosse a seu marido, ou a Geazi. Nem um nem o outro poderiam compreendê-la.
l- Ela havia fechado a porta sobre seu filho
morto, e deu suas costas à escura recâmara da morte, como que dizendo que ninguém
podia, ou devia entrar ali, salvo o Deus da ressurreição.
m- Ela
escreveu num cheque o valor que precisava, e deixou que Jeová o assinasse. Ele recusou?
Ele se lamentou devido ao elevado preço do
custo? Não! A fé desta nobre mulher o estava introduzindo numa cena onde, sobre
todas as outras, os raios da Sua glória podiam brilhar com todo seu esplendor.
n- Ele podia encher uma recâmara com luz, e
uma fé silenciosa com os sonidos da vida.
o- Esta foi uma obra gloriosa, e somente a
fé sabe que Deus pode fazer estas coisas. “Tudo estará bem”, disse a
Sunamita: porque sua alma estava cheia com a segurança de que o objeto amado
que ela acabava de deixar na recâmara da morte, seria ressuscitado pelo Deus da
ressurreição.
p- E ela não foi desiludida. “se lançou
a seus pés, e se inclinou a terra; e depois tomou seu filho, e saiu”. Quando
o Deus da ressurreição estava ali como o autor da vida, ela, então, pode entrar
como uma adoradora.
6-
Conclusão:
a- Lamentavelmente, nós tememos, que haja muitos entre
nós que conhecem pouco disto!
b- Muitos de nós estamos satisfeitos em tomar o baixo
fundamento da viúva de Sarepta, em lugar do elevado fundamento da Sunamita.
c- Sentimo-nos felizes em encontrarmos as vasilhas e os
frascos cheios como uma Providencia liberal de Deus, e falhamos em buscar o caráter
mais profundo de uma comunhão que flui de ver ao Deus que ressuscita os mortos.
d- Verdadeiramente
doces são as misericórdias providenciais de nosso Deus; mas certamente há algo
mais elevado que estas coisas. A comunhão com Ele mesmo.
e- E onde isto pode ser provado? Do outro lado da morte.
Não necessitamos da ressurreição para encher uma vasilha ou um frasco vazio; mas, sim, para vivificar um corpo morto
e ressuscitar um filho da morte.
f- Eis o segredo para todos nós se
quisermos provar desta abundante graça.
g- Que Deus seja engrandecido em
tudo isto. Amém!
J.B.C.
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