quarta-feira, 22 de maio de 2019

1 Samuel cap. 2


1 Samuel 2.

1-                     O cântico de Ana vs. 1-10.

2-                     Os filhos de Eli vs. 12-17.

3-                     A juventude e o serviço de Samuel vs 18-21, 26.

4-                     A velhice e o fracasso de Eli vs.22-25.

5-                     O homem de Deus e o juízo da sua casa vs. 27-36.





1-         O Cântico.



Este capitulo começa com o cântico de Ana, no qual, vemos a manifestação da graça de Deus em fazer provisão para a sua serva. No capitulo um temos a sua angústia; no capitulo dois seu cântico, no qual vemos seu coração aberto em gratidão diante do Senhor pelos benefícios que lhe foram concedidos. São impressionantes as palavras deste cântico, pois, nele os termos que ela usa demonstram seu discernimento destas preciosas verdades. Ela começa dizendo: “o meu coração exulta no Senhor” e termina com estas sublimes palavras: “dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu Ungido” (vs 1 e 10). Tais serão sempre as palavras e a postura daqueles que tem o coração contrito e se deleitam na bondade do Senhor.

Isaías, o profeta, escreveu as próprias palavras do Senhor no capitulo 66:2 daquele livro: “Mas eis para quem olharei: para o humilde e  contrito de espirito, que treme da minha palavra”. Sempre será assim, o coração contrito achará descanso e gozo na presença do Senhor. Assim foi com Ana e assim será conosco também.



2-         Os filhos de Eli.

É triste, humilhante a condição em que vemos neste livro o sacerdócio daqueles que deveriam ser um exemplo, o padrão para o povo de Deus. É profundamente repugnante as palavras que o Espírito Santo usa para descrever estes sacerdotes: “filhos de Belial. Não conheciam ao Senhor” (vs 12), tal era a condição deles. Nisto vemos onde a criatura pode chegar, mesmo nas coisas mais sagradas, onde não manifesta nenhum temor, nenhuma reverência para com aquele, do qual, toma o nome. O resultado de tal postura não poderá alcançar outra coisa que não seja o juízo, e, certamente, como somos ensinados pelas escrituras, o Senhor reivindicará para si, todos os seus direitos, principalmente , o de exercer justiça e juízo sobre os culpados. O profeta escreveu: O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos. O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente (Naum 1:2,3). Quando Ana abria seu coração em gratidão ao Senhor, ela menciona estás ímpias práticas dos filhos de Eli, quando disse que: o homem não prevalecerá pela força (vs 9); descrevendo as palavras do moço dos sacerdotes, como lemos no verso 16: “Não, agora a hás de dar; e, se não, por força a tomarei

Em tudo isto temos uma apresentação do cenário em que Samuel viveu em sua meninice e juventude. Que cenário! Foi neste ambiente que Ana deixou o seu menino, seu querido filho. Mas é muito precioso para nós o que descrito sobre a pessoa daquela criança, mesmo numa condição assim. O Espírito Santo nos mostra que mesmo nas piores condições, o que é santo e puro deve ser preservado; por isso lemos que Samuel ministrava ao Senhor vestido com um Éfode de linho.   O linho é sempre figura daquilo que é santo e puro. O Sumo Sacerdote só podia entrar na presença de Deus vestido assim, senão morria.

Tudo isto que passa diante de nós é de muito valor e ensina preciosas lições para nós nestes dias maus. O comportamento de Eli em ignorar os atos dos seus filhos nos advertem nestes dias em que vivemos neste mundo; dias de muitas trevas. Nada pode usurpar os direitos do Senhor, nem mesmo nossos filhos por mais os amamos. Isaque estava assumindo um lugar de muito destaque na vida de Abraão e o Senhor o provou, para mostrar realmente, o que estava no seu coração. Lembremos sempre disto.



3-         A juventude e o serviço de Samuel.



Em verso 11 lemos que o menino ficou servindo o Senhor, perante o sacerdote Eli. Nisto vemos algo da providência divina, pois, quem estava exercendo o ministério naqueles dias eram os filhos de Eli; embora Eli não fosse também aquele exemplo conforme a vontade do Senhor. Estando junto de Eli ficou preservado das más influências de seus dois filhos, Hofni e Finéias. Certamente esta é uma das razões porque encontramos no relato sagrado, uma advertência sem força, sem poder de Eli em relação aos seus filhos (vs 23,24).

Depois lemos no verso 18 que Samuel ministrava perante o Senhor, agora não é mais perante Eli, é perante o Senhor e no verso 21 também lemos que o jovem crescia perante o Senhor. Ele é tirado de cena quanto aos ensinos e serviços do jovem Samuel. Isto é muito precioso e sugestivo! Já mencionamos acima que aqueles dias foram muito difíceis. Entretanto, o Senhor cuidou daquele menino, seus cuidados o prepararam para o nobre serviço que lhe esperava. Também não podemos esquecer do trabalho de sua mãe, pois, nas escrituras o trabalho das mães na preparação e criação dos seus filhos tem um destaque muito especial. Desta forma lemos que sua mãe lhe fazia um túnica pequena e anualmente lhe trazia, quando vinha para o sacrifício anual. Que exemplo! E que dedicação! Ela sentiu na pela a infidelidade daqueles dias e viu a sua responsabilidade na criação e educação do seu filho. Deus lhe concedeu tudo quando buscou na sua presença.

Que exemplo temos aqui, nestes dias em que vivemos. O barco que nos conduz esta afundando e muitos de nós não estamos percebendo que nossos filhos estão afundando com ele. Como Eli somos passivos diante de tão grande realidade. O mundo está os absorvendo e nós não somos apenas assistentes deste desastre, somos também, os provedores desta tragédia, fornecendo e provendo todos os recursos que o sistema mundano, regido e organizado por Satanás preparou para entreter nossas crianças. Que o exemplo de Ana possa falar ao nosso coração.



4-         A velhice e o fracasso de Eli



Causa-nos admiração a postura de Eli, tendo em vista, que Ele era o responsável em cuidar dos direitos do Senhor sobre o seu povo. Esta parte começa nos informando sobre suas condições físicas “muito velho”; e o tempo de exigir e estabelecer a autoridade que lhe foi delegada, pela unção do sacerdócio já era passado. Agora com voz trêmula e o físico abalado seus filhos não lhe deram ouvidos. Parece que ele ignorou a conduta deles quando o tempo era próprio para lhes imputar disciplina, correção. Devemos lembrar que tudo quanto dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito (Rom. 15:4) e, portanto, não ignorar a responsabilidade que temos de criar nossos filhos na disciplina e admoestação do Senhor (Efe. 6:4). O tempo passa mais rápido que imaginamos e se não aplicarmos desde cedo estas instruções, podemos ter que amargar os mesmos resultados colhidos por Eli. Nada pode soar mais doido no ouvido de um pai ou mãe a sentença que pairava sobre os filhos de Eli; quantos têm chorado e lamentado a morte dos seus filhos. As últimas palavras do verso 25 são demasiadamente terríveis: “porque o Senhor os queria matar”; estas mesmas palavras também foram escritas com respeito aos filhos de Judá em Gênesis 38:7 e 10.



5-         O homem de Deus e o juízo da sua casa   

   

        Infelizmente nem sempre estamos preparados para a colheita dos frutos que semeamos, assim foi com Eli e é conosco também; temos que repetir incessantemente isto pelo fato de que não levamos, em muitos casos, a sério as advertências da palavra de Deus. Nunca esqueçamos Aquele que disse: “Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo” ou “o nosso Deus é um fogo consumidor (Heb. 10:30; 12:29). Então diante desta triste realidade o Senhor envia um mensageiro à casa de Eli. As suas palavras estavam alicerçadas sobre a autoridade destas palavras: “Assim diz o Senhor”. Imagino que quando elas soaram no ouvido e coração de mais trêmulo ainda ficou, não podia avaliar agora o dano da sua conduta;  como Belsazar foi pesado e achado em falta. Mas aquele homem era apenas um mensageiro, é possível que humanamente falando ele tenha sentido compaixão de Eli, mas quem deu a sentença foi o Senhor, e ele não podia alterá-la nem fazer nada.

Sua mensagem começa lembrando Eli da escolha desde a casa de seu pai e até chegar a ele próprio; ele menciona que o serviço de Eli era oferecer o incenso, aquele perfume agradável, que prefigurava a Bendita Pessoa do Senhor Jesus, perfume que em toda a sua essência e valor subiu da cruz do calvário, entretanto, apresentar ao Senhor aquilo que era aprazível  a Ele; também para trazer o Éfode diante Dele, e as demais funções que o nobre oficio de sacerdote propiciava.  

O Éfode agora estava posto sobre o jovem Samuel (vs. 18) o qual “ia crescendo e fazia-se agradável, assim como para o Senhor, como também para com os homens” (vs. 26). 

Prosseguindo na sua arguição a Eli, o homem de Deus faz uma pergunta tremenda, estarrecedora, diz ele: “Por que dais coices contra o sacrifício e contra a minha oferta de manjares, que ordenei na minha morada, e honras a teus filhos mais do que a mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel?  Notemos bem que a culpa não e diretamente imputada aos filhos de Eli, mas a ele próprio. Por isso, porque ele deu coice, a promessa que lhe cabia, bem como a sua casa seria anulada, e o motivo era muito simples: “Aos que me horam honrarei, porém que me desprezam serão desprezados (vs.30); e mais, cortarei o teu braço e o braço da casa de teu pai, para que  não haja mais ancião algum em tua casa e verás o aperto da morada de Deus (vs. 31, 32a).

São palavras que também nos deixam trêmulos diante da santidade daquele que havemos de prestar contas (Heb. 4:13). Mas o homem de Deus prosseguiu relatando a Eli todas as consequências do caminho que ele escolheu, inclusive a morte dos seus dois filhos num mesmo dia. Acredito que todo leitor destas páginas encontrará avisos e lições para sua vida prática; a história de Eli e de outras personagens do livro de Deus estão repletos de lições e ensinos para nossa vida prática.

Mas não podemos encerrar esta importante passagem sem mencionar o verdadeiro sacerdote que o Senhor, nesta cena de trevas, promete levantar. É sempre onde findam as esperanças humanas que a graça infinita de Deus se manifesta. A raiz de Eli foi julgada e condenada, mas, então diz o Senhor: “suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o meu coração e a minha alma” (vs. 35a). Assim quando chegamos à epistolo aos Hebreus lemos estas doces e amáveis palavras: “Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados (Heb. 2:17,18).

Graças a Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, Ele mesmo é o Sumo Sacerdote prometido e agora está no, onde vive sempre para interceder céu por nós.

 Em finalizar, pois o assunto desta preciosa porção pode ir muito além daquilo que mencionamos, arranhamos apenas a superfície deste profundo manancial, mas que Deus o Espírito Santo, use-o para exercitar nossos pobres corações a descobrir as profundezas de Deus. Que a Ele



J.B.C.

                                                                                                                                                                                  

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