Qual
é a diferença dispensacional entre os dois discípulos de João (João 1:37),
Felipe (ver .43), Natanael (ver. 45), e Nicodemos? (Cap. 3:1).
Os
dois discípulos de João ao ouvirem a declaração de seu mestre acerca do Cordeiro
de Deus, e vendo que estas expressões revelavam o deleite do seu coração Nele, seguem
ao Senhor Jesus. O Senhor, então, vendo que o seguiam, perguntou-lhes o que
buscavam? Eles por sua vez, chamando-o de Mestre, também lhe perguntam: Onde
moras? Vinde e vede foi o convite do Senhor em resposta à pergunta que lhe fizeram,
acerca do lugar onde Ele morava e permaneceram com Ele aquele dia. Esta conversa
aconteceu quase ao anoitecer, porque como João registrou, ocorreu próximo da
hora décima (Jo. 1:39). Um destes dois discipulos, André, encontra primeiro o seu
próprio irmão Simão e o trouxe a Jesus, o qual por sua vez o chamou pelo nome
de Cefas.
No
dia seguinte o Senhor Jesus mesmo achou a Felipe, ao qual convidou para segui-lo;
Felipe, por sua vez, encontrou Natanael a respeito do qual o Senhor diz: “Eis aqui
um verdadeiro Israelita em quem não há dolo.” Nestas cenas que se passam diante
de nós, vemos o surgimento de um remanescente que emerge do testemunho de João:
“Eis o Cordeiro de Deus”, os quais seguem ao Senhor Jesus e com ele permanecem;
mas tudo derivando do testemunho de João, e indo além do testemunho João. Estes
discípulos a partir de então seguem ao Senhor Jesus, habitam com Ele e juntos
Dele tomam também o lugar de rejeição neste mundo que não o conheceu, embora
fosse feito por Ele. Tal é o lugar do Cristão, habitando com o Senhor Jesus e seguindo,
ao Senhor, fora de todo sistema mundano, no próprio lugar da rejeição.
Os acontecimentos que se seguiram, no dia
seguinte, proporciona-nos ter novamente outra visão do remanescente, agora tomado
dentre o Israel de Deus, prefigurado no ocorrido debaixo da figueira, onde
vemos um homem, embora sendo, posteriormente, distinguido pelo Senhor Jesus, possuído
de conceitos difamatórios, quando informado por Filipe de que havia encontrado
o Messias, aquele de quem Moisés e os profetas haviam testemunhado: Jesus de
Nazaré. O Senhor ao encontrar com Natanael exalta seu exemplo de cidadão Judeu
e desta forma convencido por esta prova de Sua onisciência, exclama: “Rabi, tu
és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel!” Diante disto o Senhor em tão lhe
diz: “Coisas maiores que estas verás. E disse-lhe: Daqui em diante vereis os céus
abertos e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem. Sua
glória e poder sendo compartilhado com aqueles que creram na sua Santa Pessoa
sobre o prisma de um serviço angelical, conforme os desígnios e conselhos de
Deus.
No caso de Nicodemos (Cap. 3) não vemos uma diferença dispensacional, mas, claramente,
a universal e indispensável necessidade do novo nascimento para todo homem em
cada dispensação, para que vejam e entrem no reino de Deus. Isto foi introduzido
pela rejeição do Senhor Jesus, como destacado no fechar da cena do capítulo 2 por não
confiar no homem, mesmo quando este estava pronto para crer Nele por causa dos milagres
que havia realizado. Isto era fé humana, não o fruto do Espírito Santo, mas,
simplesmente, da mente do homem, e nada agradável aos os olhos de Deus. “Todos precisam
nascer de novo” para ter parte no reino, quer Judeus como também Gentios.
Qual
é o ensino dispensacional de João 2?
João
2 nos mostra, misticamente, o futuro reino terrenal do Senhor Jesus, quando a verdadeira
festa matrimonial será celebrada, e as formas de purificação cedem lugar ao vinho
do gozo que o Senhor dará e compartilhará livremente com todos aqueles que participam
deste reino; e quando os juízos serão executados naqueles rebeldes que pervertem
todas as coisas santas. Foi o primeiro sinal que o Senhor fez e no qual
manifestou sua glória, glória que será vista em sua plenitude, no reino futuro,
milenal.
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