sexta-feira, 11 de abril de 2014

A mulher cristã (continuação).



O "cabelo longo" é um sinal natural de reconhecimento da primazia

No jardim do Éden, não havia nada que representasse o reconhecimento da primazia? Não, nada. O cabelo longo dado por Deus a mulher (1.ª Coríntios 11:15), não foi instituído com a chegada do cristianismo, mas, sim, no Éden. Eu creio que este versículo é uma razão para crermos que Eva foi criada com o cabelo longo. Quando se encontrava nua, em inocência, Eva tinha este véu natural. Este era - e é - o sinal natural do reconhecimento da hierarquia e da concomitante sujeição, modéstia e retraimento - esse decoroso ocultamento de si mesmo - com respeito ao homem que ficava tão belo em uma mulher. O cabelo longo foi "dado" pelo Criador antes da queda, quando Ele instituiu a apropriada relação do homem e a mulher.  
Em 1.ª Coríntios 11, o Espírito de Deus nos apresenta o tema da primazia e da decorosa submissão da mulher. O assunto do cabelo longo é trazido à consideração a fim de reforçar e lançar luz ao que o Espírito diz sobre a primazia e da cabeça coberta da mulher em reconhecimento do lugar que Deus lhe deu. 
"Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu" (1.ª Coríntios 11:13-15). 
A natureza, diz o apóstolo, nos ensina que é indecoroso que a mulher ore com a cabeça descoberta. Natureza não é decência. Natureza não é o modo em que o cabelo longo cresce por si mesmo. Natureza nada tem que ver com “normas culturais”. Natureza é a relação criada. A relação criada nos mostra que Deus tem posto a mulher no lugar de sujeição  (1ª Coríntios 11:9, 11; 1.ª Timóteo 2:13; Efésios 5:24-31, junto com Gênesis 2:21-25). A natureza — digo a relação criada— ensina que se uma mulher tem o "cabelo longo", é uma glória para ela. O "cabelo longo" lhe foi dado "em lugar de véu" (“a modo de” véu ou “como” um véu). Se a mulher não tiver o cabelo longo, então não terá o véu dado por Deus. Não terá sinal natural e continuo reconhecimento da autoridade do homem sobre sua cabeça. É inútil dizer que tudo caminha bem, enquanto o homem interior não está bem. Se o homem interior estiver num bom estado espiritual, a prova disto será o homem exterior governado pela Palavra de Deus. Você diz que o homem olha a aparência exterior? Onde mais, imaginas que há de ser observado? Tal objeção é com frequência, o fruto dos argumentos e subterfúgios que manifesta a vontade própria. Além disso, Deus olha o coração e julgará se o motivo é autêntico. Mas, mostra-me tu fé por tuas obras!
Deus "deu" (1. ª Coríntios 11:15) o "cabelo longo" a mulher para uso constante como sinal de sujeição. Esta dádiva de Deus proveu a mulher de uma coberta natural prevista para todo momento e, adicionalmente, quando a mulher ora ou profetiza, deve colocar sobre sua cabeça o véu, outro símbolo da autoridade sob a qual está reconhecendo, com isto, que o "cabelo longo" expressa continuamente essa sujeição.  
Temos estado considerando dois assuntos cuja relação devemos assinalar: 
1.      Deus tem dado a mulher cabelo longo como sinal da relação criada do homem e da mulher. 
2.      Quando uma mulher ora ou profetiza, deve colocar sobre a cabeça um símbolo da autoridade sob a qual está.
A coberta natural do cabelo longo testifica da natureza. O ato de colocar outra coberta sobre a cabeça é um feito porque reconhece que seu cabelo longo significa precisamente que ela está em sujeição quando ora (fala a Deus) ou profetiza (fala por Deus desse modo). Cada vez que a mulher cobre a cabeça reconhece mediante esse ato (sempre que o faça de coração, naturalmente) a verdade do significado do cabelo longo.

Glória para ela

Às vezes ouvimos dizer que o cabelo da mulher é sua glória, como se o cabelo mesmo fosse uma glória. Tendo por certo o fato de que a mulher tenha o cabelo longo em obediência a ordem estabelecida por Deus para o homem e a mulher, a Escritura diz que: "se tem cabelo longo, gloria [é] para ela" (1.ª Coríntios 11:15; versão JND em inglês). A "glória" para ela é o reconhecimento da autoridade do homem, e a consequente aceitação do lugar de submissão, recato e retraimento, simbolizado pelo cabelo longo. A glória de Cristo enquanto esteve aqui embaixo em Sua humanidade, pressupunha tomar o lugar que o Pai lhe havia designado. É uma glória para a mulher tomar o lugar que Deus lhe tem designado. Pelo contrário, para o homem é uma desonra ter o cabelo longo (1.ª Coríntios 11:14) porquanto isto significaria que ele abandonou o lugar que Deus lhe deu. Aos olhos de Deus, seria o mesmo que ter tomado o lugar da mulher. Assim, pois, a mulher que não tem o cabelo longo, estaria assumindo o lugar do homem. Não há nenhuma glória nisto, pelo contrário, apenas desonra para ela, o mesmo acontece com o homem que tem cabelo longo.
"Todo varão que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça” (1. ª Coríntios 11:4). Levaria vergonha sobre sua cabeça física, assim como também desonraria a Cristo, que é a cabeça de todo varão. "Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada” (1.ª Coríntios 11:5). Pois se uma mulher ora ou profetiza sem estar coberta é como se resolvesse no seu coração ser uma mulher rapada. Ao recusar colocar uma coberta especial quando ora ou profetiza, ela envergonha a sua cabeça física. Assim, pois, aos olhos de Deus, como também aos olhos dos cristãos sujeitos ao ensino da Palavra, ou ela está coberta ou se assemelha, deliberadamente, a uma mulher rapada. Pergunto a vós varões cristãos: Vocês desejem que vossas esposas ou vossas filhas estejam rapadas, aos olhos de Deus? A não ser que não esteja vendo isto. Ao descobrirem-se, elas também desonram ao homem, "O varão, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do varão” (1. ª Coríntios 11:7). Ao atuar deliberadamente como uma mulher rapada, ela perde o lugar de ser glória do varão.

Junto com o véu natural do cabelo longo se agrega o véu especial quando  ora ou profetiza.

O cabelo longo em lugar de véu

"Porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu" (1. ª Coríntios 11:15). O «Dicionário expositivo de palavras do Novo Testamento», de Vine, diz que o vocábulo grego peribolaion “denota lit. algo lançado em redor (peri = ao redor; ballo = lançar, jogar); daí, um véu, uma coberta, 1. ª Coríntios 11:5, ou um manto ao redor do corpo, um vestido, Hebreus 1:12”. Assim, pois, uma mulher com cabelo longo (se o coração está exercitado quanto a isto em sujeição) está moralmente velada, coberta. Isto significa que a mulher, em um sentido moral, tem se colocado fora da visão dos demais; que não assume o lugar do homem, o qual não está velado, coberto. 
Com respeito ao termo “cobrir”, o citado dicionário de Vine diz: “katakalupto: cobrir por completo (kata, intensivo), na Voz Média, cobrir a si mesmo, usa-se em 1. ª Coríntios 11:6,7)”. 
Devemos assinalar aqui vários pontos: 
1. Só a glória de Deus deve ser manifestada. O homem "é imagem e glória de Deus" (1. ª Coríntios 11:7). Por isso, ele não há de estar velado com o cabelo longo, nem tampouco coberto quando ora ou profetiza, por que se o fizesse estaria cobrindo a glória de Deus. Além disso, a glória do homem não deve ser manifestada. Observe que "a mulher é glória do varão" (1. ª Coríntios 11:7); pelo que, se a mulher não está velada, coberta, a glória do homem é posta em relevo; e isto é contrário a vontade de Deus, pois foi "dado" a mulher o cabelo longo em lugar de véu (1.ª Coríntios 11:7), para que ela não seja posta em relevo. Assim, pois, do ponto de vista moral, a mulher com cabelo longo está velada, ainda quando sua cabeça ou rosto não estejam fisicamente velados com alguma prenda. 
 2. O homem não tem nenhuma cabeça visível sobre si, pelo que não está velado com o cabelo longo, como se tivesse uma cabeça visível. Tampouco está coberto quando ora ou profetiza. No que diz respeito à mulher, a situação é totalmente contrária. 
3. As cobertas nos tempos do apóstolo Paulo eram véus. Pelo fato de que o cabelo longo serve de véu feminino sem que a cabeça ou o rosto estejam cobertos com alguma peça, um chapéu, lenço, etc., servirá de coberta quando ora ou profetiza. A mulher com o cabelo longo está sempre velada de forma natural, mas em certas ocasiões é necessário colocar sobre a cabeça um sinal da autoridade, o qual indica que reconhece o significado do continuo e natural véu.
4. O ato da mulher colocar um véu quando ora ou profetiza indica que ela não necessita estar coberta em todo tempo como sinal de reconhecimento, o que denota o cabelo longo. Por isso, não é essencial que uma mulher deva estar velada com alguma peça em público, ainda que deva ter cuidado de aparecer sempre como está indicado em 1. ª Timóteo 2:9-11 e 1. ª Pedro 3:1-7. Não obstante, note-se que se uma mulher cristã está num meio cultural onde é habitual ter um véu posto em público, isso não choca contra a Escritura, e creio que as duas passagens recém citadas indicam que será conveniente atuar desse modo, em tais circunstâncias. 
5. Ainda que já tenhamos demonstrado que a coberta mencionada em 1. ª Coríntios 11:6-7 não se refere ao cabelo, observe que estas duas diferentes palavras gregas demonstram também que o cabelo longo não é uma referência à coberta que é mencionada nos v. 5-7.

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