sábado, 19 de março de 2016

Perigos na vida de um homem de Deus



E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos (Ex. 2:11)
 E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia (Ex. 2:12).

Moisés mostra zelo por seus irmãos, mas “sem entendimento” (Rom. 10:2).  O tempo determinado por  Deus para julgar o Egito e libertar Israel , conforme prometera a Abraão, ainda não é chegado, e o servo atento aos fatos deve, pacientemente, esperar pela chegado deste momento. Qualquer precipitação não abreviará  o tempo determinado por Deus e acabará em fracasso para qualquer que proceder assim.
“Moisés já era  homem’ (verso 11) e “instruído em toda a ciência dos egípcios” (Atos 7:22),  e mais “ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão”; tudo isto era verdadeiro, no entanto, ele agiu antes de chegar o tempo de Deus, e quando fazemos assim o fracasso é inevitável.

Aqui vemos uma enorme lição que o pregador nos ensina em Eclesiastes, diz ele: “TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ecles. 3:1).

“E Moisés olhou a um e a outro lado” (verso 12). Eis uma atitude que jamais deve fazer parte das ações de um servo de Deus. Quando agimos segundo a vontade de Deus e na plena compreensão dos seus pensamentos, quanto aos pormenores da sua obra, não há lugar para isto. Se Moisés estivesse plenamente convicto que o tempo de Deus havia chegado, que ele era o instrumento escolhido para aquela missão e sentido a presença divina , jamais teria olhado para os lados.

Esta atitude de Moisés encerra uma das mais preciosas lições práticas para todos os servos de Deus. Duas circunstâncias são ligadas a elas, a saber: o medo do homem por um lado e a esperança do seu favor por outro. O servo do Senhor não pode atentar nem para uma nem outra. O que importa a ira do homem ou o seu favor  para aquele que está investido da autoridade divina e que desfruta da sua presença? Para o servo do Deus Vivo estas coisas não tem  a menor importância, se equivalem ao pó que é levantado pelo vento ou ao descarte daquilo que não tem nenhum valor para o consumo.

Estevão nos ensina que Moisés “quando completou a idade de quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos de Israel. E, vendo maltratado um deles, o defendeu, e vingou o ofendido, matando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam” (Atos 7:23-25).

“Veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos”. Em momento algum Estevão diz que o Senhor lhe enviou nesta ocasião. Podemos ver claramente nisto que Moisés antecipava aquele momento marcado no plano de Deus, por isso,  a sua honrosa atitude se tornou em fracasso. Mas Estevão diz mais: “mas eles não entenderam”. Ele (Moisés) entendeu que Deus o faria seus libertadores; eles por sua vez não compreenderam isto. No primeiro caso vemos o fracasso de Moises em querer fazer a vontade de Deus segundo o seu próprio entendimento. No segundo, se o vermos como uma figura do Senhor Jesus, vemos como os seus o rejeitaram dizendo : “Não queremos que este reine sobre nós” (Luc. 19:14).


Eis o que diz o Senhor: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares (Jos. 1:9).

Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te envergonhe diante deles. Porque, eis que hoje te ponho por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra. E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar (Jer. 1:17-19).


Eis a coragem do grande apóstolo: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” “2 Cor. 2:17).

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