E aconteceu
naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as
suas cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos (Ex. 2:11)
E olhou a
um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e
escondeu-o na areia (Ex.
2:12).
Moisés mostra zelo por seus irmãos, mas “sem
entendimento” (Rom. 10:2). O tempo determinado
por Deus para julgar o Egito e libertar Israel
, conforme prometera a Abraão, ainda não é chegado, e o servo atento aos fatos
deve, pacientemente, esperar pela chegado deste momento. Qualquer precipitação
não abreviará o tempo determinado por
Deus e acabará em fracasso para qualquer que proceder assim.
“Moisés já era homem’ (verso 11) e “instruído em toda a
ciência dos egípcios” (Atos 7:22), e
mais “ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a
liberdade pela sua mão”; tudo isto era verdadeiro, no entanto, ele agiu antes
de chegar o tempo de Deus, e quando fazemos assim o fracasso é inevitável.
Aqui vemos uma enorme lição que o pregador nos
ensina em Eclesiastes, diz ele: “TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todo o propósito debaixo do céu” (Ecles. 3:1).
“E Moisés olhou a um e a outro lado” (verso 12).
Eis uma atitude que jamais deve fazer parte das ações de um servo de Deus.
Quando agimos segundo a vontade de Deus e na plena compreensão dos seus
pensamentos, quanto aos pormenores da sua obra, não há lugar para isto. Se
Moisés estivesse plenamente convicto que o tempo de Deus havia chegado, que ele
era o instrumento escolhido para aquela missão e sentido a presença divina ,
jamais teria olhado para os lados.
Esta atitude de Moisés encerra uma das mais
preciosas lições práticas para todos os servos de Deus. Duas circunstâncias são
ligadas a elas, a saber: o medo do homem por um lado e a esperança do seu favor
por outro. O servo do Senhor não pode atentar nem para uma nem outra. O que
importa a ira do homem ou o seu favor para aquele que está investido da autoridade
divina e que desfruta da sua presença? Para o servo do Deus Vivo estas coisas não
tem a menor importância, se equivalem ao
pó que é levantado pelo vento ou ao descarte daquilo que não tem nenhum valor
para o consumo.
Estevão nos ensina que Moisés “quando
completou a idade de quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos,
os filhos de Israel. E, vendo maltratado um deles, o defendeu, e vingou o
ofendido, matando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus
lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam” (Atos
7:23-25).
“Veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos”. Em
momento algum Estevão diz que o Senhor lhe enviou nesta ocasião. Podemos ver
claramente nisto que Moisés antecipava aquele momento marcado no plano de Deus,
por isso, a sua honrosa atitude se
tornou em fracasso. Mas Estevão diz mais: “mas eles não entenderam”. Ele (Moisés)
entendeu que Deus o faria seus libertadores; eles por sua vez não compreenderam
isto. No primeiro caso vemos o fracasso de Moises em querer fazer a vontade de
Deus segundo o seu próprio entendimento. No segundo, se o vermos como uma
figura do Senhor Jesus, vemos como os seus o rejeitaram dizendo : “Não queremos
que este reine sobre nós” (Luc. 19:14).
Eis o que diz o Senhor: “Não to mandei eu?
Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu
Deus é contigo, por onde quer que andares (Jos. 1:9).
Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e
dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu
não te envergonhe diante deles. Porque, eis que hoje te ponho por cidade forte,
e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, contra os
reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes, e contra o
povo da terra. E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu
sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar (Jer. 1:17-19).
Eis a coragem do grande apóstolo: “Porque nós não
somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo
com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” “2 Cor. 2:17).
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