Igreja.
Eis um nome corrompido! Sua essência e beleza, conforme deveria ser vista no mundo, foi inteiramente perdida. Nos conselhos de Deus permanece inalterado. A pérola de grande valor, que foi comprada com o precioso sangue do Senhor, permanece em todo o seu esplendor e beleza diante daquele que a amou e se entregou a si mesmo por ela.
Entretanto, os homens dormiram e o inimigo semeou o joio, ele cresceu, tomou forma, de maneira tal, que tornou-se numa grande árvore, de modo que as aves do céu aninharam-se nos seus ramos (Mat.13:32). Esta é a visão exterior daquilo que hoje é conhecido como igreja, uma visão totalmente abstrata da verdade, sem nenhuma substância, sem nenhum valor. A igreja dos nossos dias, como vista pelo mundo, é uma negação total daquilo que o Senhor Jesus disse que ia edificar.
Nos dias dos apóstolos a igreja foi vista e contemplada na sua essência, beleza e formosura. Era o conjunto dos santos salvos pela graça de Deus; era contemplada na comunhão dos santos e somente ali. Não havia nenhuma confusão quanto a esta verdade preciosa. O mundo daquele tempo sabia que a igreja era o conjunto daqueles que seguiam ao Senhor e o serviam e que compartilhavam entre si tanto as alegrias e como as tristezas. Não havia egoísmo, espoliação, usurpação (Atos 2:42-47; 4:34,35). Amavam uns aos outros como o Senhor os ensinou (Jo. 13:34).
Eram homens e mulheres fracos como nós, mas que entenderam a mensagem que o Espírito Santo lhes passou. Foram considerados como lixos do mundo e escória de todos (1Cor.4:13).
O que o mundo hoje conhece como igreja em nada se assemelha ao exposto acima. Como dissemos, nos dias apostólicos, a igreja era a
comunhão dos santos, hoje para o mundo a igreja é um templo, um prédio, uma empresa ou organização humana, onde uma classe (o clero) reina sobre seus súditos. Nós dias dos apóstolos todos eram iguais, não havia clero nem leigos todos eram "um no Senhor Jesus" (Gal. 3:28b).
Os dons espirituais eram privilégio de todos, hoje é privilégio de uma classe, o clero. O Espírito Santo tinha liberdade para usar aquele que desejasse; hoje os homens tomaram seu lugar, colocaram-no de lado, dizem (não por palavra, mas por ação) que Ele não tem competência, assumiram seu lugar e fazem as escolhas conforme suas convicções.
Reclamam que o evangelho está desprezado, que os pecadores não querem ouvi-lo, quando na verdade, o poder do evangelho foi excluído, e a atração do evangelho foi substituída pelos programas e sabedoria dos homens.
O que tem nome de igreja nestes dias só serve para explorar os salvos e explorando-os, manter uma classe especial, constituída, de homens e mulheres que não querem trabalhar. Temos que admitir que há algumas excessões, mas na maioria dos casos é exploração dos fiéis. O juiz de toda terra (Gen. 18:25c) irá fazer justiça não só aos pecadores que rejeitaram o Senhor Jesus, mas, também, aos Balaãos, espoliados do seu querido povo.
Os princípios ensinados por Paulo em 2 Tes. 7 - 12 são ignorados e o verdadeiro evangelho sufocado.
Diante de tudo isto resta-nos perguntar: Era pra ser diferente? Que o leitor sincero dê a sua própria resposta e se coloque na própria presença de Deus, para obter Dele a sabedoria que carece para viver estes dias difíceis aqui (2Tim. 3:1-5).
Este é o cenário no qual estamos vivendo, não pense que seu grupo esteja em situação diferente disto, pois, certamente não está. Eu disse que há excessões, no entanto, não nos deixemos enganar por elas. As escrituras nos ensinam isto: "O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade" (2 Tim. 2:19).
Que Senhor nos ajude a andar na presença Dele (Gen. 17:1) para sermos perfeitos.
J.B.C.
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