terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

O QUE ESCREVEU NAPOLEÃO BONAPARTE SOBRE A PESSOA DO SENHOR JESUS CRISTO


O QUE ESCREVEU NAPOLEÃO BONAPARTE SOBRE A PESSOA DO SENHOR JESUS CRISTO



Estas palavras foram ditas por Napoleão ao seu companheiro incrédulo no exilio, o general Bertrand:


Conheço os homens, e digo lhe que Jesus Cristo não é um homem. Mentes superficiais veem uma semelhança entre Cristo e os fundadores de impérios e os deuses de outras religiões. Essa semelhança não existe. Existe entre o Cristianismo e todas as outras religiões uma distância infinita.


Podemos dizer aos autores de todas as outras religiões, vocês não são deuses nem agentes da Deidade. Vocês são apenas missionários da falsidade, modelados com o mesmo barro do resto dos mortais. Vocês foram feitos com todas as paixões e vícios inseparáveis deles. Seus templos e sacerdotes proclamam sua origem. Este será o juízo, o clamor da consciência, de todo aquele que examina os deuses e templos do paganismo.


O paganismo nunca foi aceito como verdade pelos homens sábios da Grécia, tampouco por Sócrates, Pitágoras, Platão, Anaxágoras ou Péricles. Mas por outro lado, os mais elevados intelectos desde a chegada do Cristianismo tiveram fé, uma fé viva e prática, nos mistérios e doutrinas do evangelho; não só Bossuet e Fénelon que foram pregadores, mas também Descartes e Newton, Leibnitz e Pascal, Corneille e Racine Carlo Magno e Luís XIV.


O paganismo é obra do homem. Neste um só pode ler nossa própria imbecilidade. Quem conhece estes deuses jactanciosos, mais que os outros mortais? Estes legisladores gregos ou romanos? Este Numa, e Lycurgus? Estes sacerdotes da Índia ou Menfis? Confúcio e Maomé? Absolutamente nada. Eles têm feito um perfeito caos da moralidade. Não há nem um entre todos eles que haja dito algo novo em referência a nosso destino futuro, a alma, a essência de Deus, a criação. Entre nos santuários do paganismo, e encontrará perfeito caos, milhares de contradições, a imobilidade das esculturas, a divisão e a rotura da unidade, o parcelamento dos atributos divinos, mutilados ou negados em sua essência, os sofismas da ignorância e a presunção, festas contaminadas, impurezas e abominações adoradas, toda classe de corrupção produzida nas mais obscuras formas, com madeira podre, o ídolo e seu sacerdote. Honra isto a Deus, ou o desonra? São estas religiões e deuses comparáveis com o Cristianismo?


“Quanto a mim, eu digo, Não. Eu chamo a todo o Olimpo[1] a meu tribunal. Julgo aos deuses, porém estou longe de prostrar-me diante de suas vãs imagens. Os deuses, legisladores da Índia e China, de Roma e Atenas, não tem nada que possa atemorizar-me. Não é que eu seja injusto com eles, porque conheço seu valor. Inegavelmente príncipes cujas existências estão presentes na memória como uma imagem de ordem e beleza, tais príncipes não foram homens ordinários. Vejo Lycurgus, Numa, e Maomé, apenas como legisladores, sendo os primeiros que buscaram a melhor solução ao problema social; mas não vejo nada neles que revele divindade. Eles jamais tiveram tão alta pretensão. Quanto a mim, vejo os deuses e estes grandes homens sendo como eu mesmo. Eles tiveram uma elevada posição em seus tempos, como eu tenho tido. Nada diz que eles são divinos. Pelo contrario há numerosas aparências entre eles e eu mesmo, debilidades e erros que nos equiparam com toda a humanidade.


Mas não é assim com Cristo. Tudo Nele me assombra. Seu Espírito me atemoriza, e Sua vontade me confunde. Entre Ele e tudo o mais no mundo não há um termo que possibilite comparação. Ele é verdadeiramente um Ser por Si mesmo. Suas ideias e sentimentos, as verdades que anuncia, Sua forma de convencer, não podem ser explicadas pelos homens nem pela natureza das coisas. Seu nascimento, e a história da Sua vida; a profundidade de Suas doutrinas que sujeita as mais poderosas dificuldades e que destas dificuldades vem a mais admirável solução; Seu evangelho, sua aparição, Seu império, Seu caminho através dos tempos e as esferas, tudo para mim é um prodígio, um mistério insolúvel, que me submerge em sonhos dos quais não posso escapar, um mistério que está ali diante de meus olhos, um mistério que não posso negar nem explicar. Aqui não vejo nada humano.


Quanto mais me aproximo, e examino mais cuidadosamente, tudo é superior, tudo se torna grande, de uma grandeza que constrange. Sua religião é uma revelação de uma inteligência que certamente não é humana. Existe uma profunda originalidade que criou uma série de palavras e de máximas antes desconhecidas. Jesus não toma nada emprestado de nossas ciências. Uma pessoa pode não encontrar absolutamente nada em outro lugar, mas encontrará
Nele, a imitação ou o exemplo de Sua vida. Ele não é um filósofo, entretanto, Ele avança com milagres; e desde o começo Seus discípulos o tem adorado. Ele os persuade por apelar ao coração que por meio de algum desenvolvimento de método e lógica. Tampouco Ele impõe sobre eles alguns estudos preliminares ou algum conhecimento das letras. Toda Sua religião consiste em crer.


De fato as ciências e as filosofias não valem de nada para a salvação; E Jesus veio ao mundo para revelar os mistérios do céu e as leis do Espírito. Tampouco Ele tem algo a fazer, senão com a alma, e só com ela. Ele leva seu evangelho. A alma é suficiente para Ele, e Ele é suficiente para a alma. Matéria e tempo eram os amos do mundo. À sua voz tudo retorna a ordem, a ciência e a filosofia tornam-se secundárias. A alma reconquistou sua soberania. Toda a sustentação escolástica[2] cai, como um edifício arruinado, ante uma só palavra, fé!


Que Mestre, e que palavras que puderam efetuar tal revolução! Com que autoridade Ele ensina os homens a orar! Ele impõe sua crença, e ninguém jamais foi capaz de contradizê-lo; primeiro, porque o evangelho contém a mais pura moralidade, e também porque a doutrina que contém alguma obscuridade é apenas a proclamação e a verdade daquilo que existe e que nenhum olho pode ver e nenhuma razão penetrar. Quem é o insensato que dirá ‘Não’ ao intrépido viajante que relata as maravilhas dos picos de gelo que só ele teve a valentia de visitar? Cristo é esse viajante. Sem dúvida, quem quiser pode permanecer incrédulo; porém ninguém pode atrever-se a dizer que não é assim.


“Alexandre, Cesar, Carlos Magno, e eu mesmo fundamos impérios; mas sobre que fundamentos fizemos descansar as criações de nossas mentes? Sobre a força. Jesus Cristo fundou um império sobre o amor; e nesta hora milhões de homens morrem por Ele”

Napoleão Bonaparte







N do Tradutor [1] O Olimpo - o monte Olimpo (em grego Όλυμπος, transliterado como Ólympos, «o luminoso») é o monte mais alto da Grécia. Para a mitologia grega, o Olimpo era a casa dos deuses olímpicos, os principais deuses do panteon grego, presididos por Zeus.

N do T [2]  Escolástica - Resultado da união do pensamento filosófico e do pensamento teológico para compreender e explicar as revelações sobrenaturais do cristianismo. Movimento filosófico e teológico que intentou utilizar a razão, em particular a filosofia de Aristóteles, para compreender o conteúdo sobrenatural da revelação cristã. "A escolástica foi o principal movimento nas escolas e universidades medievais da Europa, desde meados do século XI até o século XVI"

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