O Peitoral do Juízo.
Êxodo 28:15-30.
Farás
também o peitoral do juízo de obra esmerada, conforme à obra do éfode o farás; de
ouro, de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido o
farás. Quadrado e duplo, será de um palmo o seu comprimento, e de um palmo a
sua largura. E o encherás de pedras de engaste, com quatro ordens de pedras;
a ordem de um sárdio, de um topázio, e de um carbúnculo; esta será a primeira
ordem; E a segunda ordem será de uma esmeralda,
de uma safira, e de um diamante; E a terceira ordem será de um jacinto,
de uma ágata, e de uma ametista; E a quarta ordem será de um berilo,
e de um ônix, e de um jaspe; engastadas em ouro serão nos seus engastes (Ex. 28:15-20).
Também
farás para o peitoral cadeiazinhas
de igual medida, obra trançada de ouro puro. Também farás para o peitoral dois anéis
de ouro, e porás os dois anéis nas extremidades do peitoral (EX. 28:22,23).
E ligarão o
peitoral, com os seus anéis, aos anéis do éfode por cima, com um cordão de azul, para que esteja
sobre o cinto de obra esmerada do éfode; e nunca se separará o peitoral do éfode. Assim Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o
seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do SENHOR continuamente. Também
porás no peitoral do juízo Urim e
Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar diante do
SENHOR: assim Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração
diante do SENHOR continuamente (Ex. 28:28-30)..
No capitulo 28 de Êxodo encontramos as
descrições dadas pelo Senhor sobre as vestimentas sacerdotais, as quais
representam as diversas funções e os atributos dos sacerdotes. Neste artigo
iremos abordar apenas o peitoral do juízo, mas seria de grande proveito para
todo leitor da palavra de Deus considerar todo o capitulo.
Impressiona-nos as descrições que o Espírito Santo nos dá do
peitoral do Juízo. Primeiro vemos os materiais com os quais ele foi concebido;
depois temos as descrições do seu tamanho; em seguida vemos uma ordem
estabelecida por Deus, bem como, as orientações sobre a forma como esta ordem deveria
ser seguida; e também temos as instruções sobre os objetos que deveriam ligar
este peitoral ao Éfode. E finalmente, o Urim e o Tumim. Tudo bem ordenado e
detalhado pela mão soberana do Senhor.
Mas diante de tudo isto, surge uma pergunta: Porque Deus fez
tudo assim tão precioso e formoso? Encontrar resposta para esta interrogação constitui
num grande desafio e requer exercícios espirituais na presença de Deus, pois,
somente Ele, sendo o arquiteto da concepção de tudo isto, poderá explicar o seu
significado para nós. Assim, conforme temos no evangelho de João, o Espírito
Santo foi enviado a este mundo para nos ensinar todas as coisas “Esse
vos ensinará todas as coisas” (Jo. 14:26), e nos guiar em toda verdade “Ele
vos guiará em toda verdade” (Jo 16:13). Então contando com a sua ajuda
e direção nos propomos a descrever alguns pensamentos sobre esta parte tão rica
e significativa da Palavra de Deus.
Os Materiais.
Como descrito acima, primeiro temos os materiais e apenas me
limitarei a dar alguns detalhes sobre seu significado e importância. Os materiais
com os quais o peitoral do Juízo foi feito e descrito nas paginas inspiradas
são: Ouro, azul, púrpura, carmesim, e linho fino
torcido.
O ouro nas
escrituras fala daquilo que é divino, fala da glória, do resplendor e da beleza
que há no Senhor Jesus. O azul fala da
sua natureza celeste, do homem do céu (Jo. 3:13, 31; 6:38, 42, 50, 51); a
púrpura é um símbolo da realeza dos Gentios. João registrou que quando os
soldados romanos humilhavam e zombavam dos direitos do nosso Senhor, eles o
vestiram de púrpura (Jo 19:2). O carmesim ou escarlata, por sua vez, fala da
glória humana e também da realeza judaica. Davi quando lamentava a morte de
Saul e Jônatas disse: “Vós, filhas de Israel, chorai por Saul, que
vos vestia de escarlata em delícias, que vos fazia trazer ornamentos de
ouro sobre as vossas vestes (2 Sam. 1:24) expressando a beleza que lhes foi
atribuída. Vemos também no Evangelho de Mateus, onde o Senhor Jesus é
apresentado com o Filho de Davi, o rei e também como o Ungido, o Messias, o qual
os soldados o cobriram com uma capa de escarlate e escarneciam Dele dizendo:
“Salve, Rei dos Judeus” (Mat. 27:28,29).
Nisto
podemos ver o que acontecerá no futuro quando o Senhor Jesus estabelecer o seu
reino e reinará sobre todos, quer judeus, quer gentios. Por último, temos o
linho torcido que é uma figura da pureza imaculada do nosso Salvador.
No tabernáculo as vestes sacerdotais eram
feitas dele (Ex. 28:39-43) e no dia da expiação, que é chamado o grande dia,
Arão se vestias com vestes de linho fino torcido ao entrar na presença de Deus
tipificando a plena pureza Daquele do qual ele (Arão) era apenas uma sombra.
Assim, vemos expressas nestes materiais sombras ou figuras do Senhor Jesus,
o verdadeiro Sumo Sacerdote; embora elas estivessem muito aquém da real glória
e beleza da sua Pessoa; entretanto, temos nelas os vários aspectos dos quais a
sua Bendita Pessoa é composta, ou seja: Divina, celestial, majestosa e humana;
o Deus Unigênito no mundo revelando Aquele que jamais foi visto por alguém (Jo.
1:18). Vemo-lo também como o soberano dos reis da terra (1 Tim 6:15) em toda
majestade imperial, governando os povos com equidade e justiça e, principalmente, como Sumo Sacerdote dos bens
já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito
por mãos, quer dizer, não desta criação (Heb. 9:11). Mas onde estavam sobrepostas estas pedras? No peito do Sumo Sacerdote, do qual
Arão era somente uma figura.
Suas medidas ou tamanho.
Em seguida
vemos que o peitoral era quadrado, ou suas dimensões eram iguais, não havia
nele nenhuma diferença em tamanho; seja qual for o ângulo que o contemplássemos
víamos uma igualdade perfeita. Assim é o Senhor Jesus também, onde quer que o observemos
nas escrituras veremos que não existe nenhuma diferença em sua admirável
Pessoa. Ele é destacado nos evangelhos como o mesmo Jesus (Luc. 3:23; 24:15,
36; Jo. 2:24; 4:44); isto é belo e admirável!
Se o contemplamos em Nazaré, na casa de José e Maria lemos que era-lhes
submisso (Luc. 2:51). Se o seguimos até a idade adulta, quase trinta anos diz
Lucas 3:23; que o Pai abre o céu e diz acerca Dele: “Este é meu Filho Amado em
que me comprazo” (Luc. 3:22). Onde quer que o contemplemos veremos a mesma e imutável
Pessoa (Heb. 13:8). Sim, como diz a noiva: “Ele é totalmente desejável”
(Cantares 5:16)!
As quatro
ordens das pedras.
Seguindo
um pouco mais adiante temos quatro ordens de pedras, as quais deveriam encher o
peitoral, e não eram quaisquer pedras; era aquilo que de mais precioso
encontramos nesta classe de materiais. Eram em número de doze, e estavam
distribuídas em quatro ordens de três pedras. Nas escrituras. conforme escreveu
F. W. Grant, o numero quatro tem pelo menos três significados. “Primeiro é o
símbolo da fraqueza da criatura em contraste com o Criador, numa composição de
dividida por 2. Segundo é o numero da soberania e revelação do Criador, esta na
composição 3 + 1. Por último, em terceiro lugar, apresenta uma divisão real
apontando para algo mal, na multiplicação 2 x 2”.
Já o
numero três fala da realidade, da essência e da plenitude; é também o numero da
revelação. Deus se revelou plenamente a
nós, por isso conhecemos as três pessoas da Trindade. Enquanto estas três
pessoas não fossem plenamente conhecidas, Deus não estava totalmente revelado.
Portanto, tudo quanto Deus faz, ele o faz com objetivo de dar-se a conhecer à
criatura humana, a obra prima da sua criação. Assim observando os parâmetros
estabelecidos por Deus, no peitoral do juízo, vemos que aquelas quatro ordens
de pedras foram ali engastadas e ninguém poderia retirá-las dali. Foram
colocadas no peitoral para que pudessem brilhar ante os olhos de todos os
filhos de Israel, os quais, em figura, podiam contemplar as indescritíveis belezas
daquele que Arão representava.
Agora, esta
preciosa visão, aquele brilho radiado por elas, não era o resultado da
observação de uma pedra somente, mas o glorioso esplendor que emanava do
conjunto todo. Era impossível que alguém olhasse para aquele peitoral e não
admirasse a beleza da luz que raiava daquelas variedades de cores. Podemos
imaginar como era lindo e precioso aqueles raios de luz que dali fluíam, que
mistura perfeita e harmônica de rara beleza. A luz nunca pode obscurecer uma
pedra preciosa, pelo contrário, aumenta mais o seu brilho. A excelência dela
reside no fato de que quanto maior é a luz que incide sobre ela; maior
será seu esplendor.
Em cada
uma daquelas pedras foram gravados os nomes das doze tribos dos filhos de
Israel. Seus nomes foram ali gravados por determinação divina e fazia parte,
mesmo que ocultamente, não só dos favores do serviço sacerdotal, mas também,
dos raios de luz, que o peitoral emitia. O fato de serem introduzidos num lugar
tão especial e numa proximidade tal, demonstra que Deus jamais se esquecerá dos
seus. Quando o Sumo Sacerdote entrava na presença de Deus, levava naquele
peitoral continuamente em seu coração, para memória, diante do Senhor os Filhos
de Israel, representados por aqueles doze nomes ali inscritos. Certamente, o
Senhor em ver aqueles nomes lembrava-se da aliança feita com Abraão, Isaque e
Jacó acerca deles. Tudo isto é muito belo e instrutivo e perfeito!
A epístola
aos Hebreus nos conta detalhes do verdadeiro Sumo Sacerdote do qual aquele era
apenas uma figura. Nela aprendemos que Ele pode socorrer (Heb. 2:18); pode
compadecer (Heb. 4:15); pode salvar totalmente porque vive sempre para
interceder por eles (Heb. 7:25). Temos que reconhecer que nos covinha tal Sumo
Sacerdote que penetrou os céus e não somente isto, mas também, adorar aquele
que fez tal provisão para nós.
Mas é
interessante pensar que no brilho emitido por aquelas pedras, em toda aquela
beleza e esplendor, nada era visto dos nomes ali inscritos; aquelas cores
manifestavam as belezas das pedras onde estavam fixados, no entanto, a memória
dos seus nomes estava ali gravada. O que os incluiu ali não foi o brilho das
pedras e nem a beleza e valor de cada uma delas, mas foi à providência divina.
Os nomes estavam nelas por ordenação do Deus de Abraão e nada podia mudar ou
alterar esta ordem. O brilho por mais lindo que fosse não podia apagá-los. Tudo
era uma operação de Deus e fazia parte dos seus planos e propósitos.
Outra coisa de extrema beleza que podemos aprender nestas figuras diz
respeito a nossa condição em Cristo. Aprendemos em Romanos 8 que: “Nenhuma
condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rom. 8:1). Depois somos
ensinados que ninguém pode intentar nos acusar; menos nos condenar, pois, nada
pode nos separar do amor de Cristo (Rom. 8:33-35). Em resumo o brado do
apostolo não poderia ser outro a não ser um hino de louvor, uma adoração Àquele
que conquistou tudo isto para nós (Rom. 11:33-35).
Mas voltando a pensar naquelas quatro ordens de pedras e na beleza que
delas emanava, o que mais podemos ver nelas? Acerca de nós absolutamente nada, pois,
como já dissemos aqueles nomes eram ofuscados para poder brilhar aquele que os
colocou ali, e o qual elas manifestavam; por isso o brilho vindo do peitoral
não refletia os nomes que ali foram gravados, mas, sim, manifestava a glória
daquele, do qual o peitoral era uma sombra. Aquele conjunto de pedras e o
brilho que dali emanava, com toda a sua preciosidade, falava daquele que pela
graça de Deus provou a morte por todo homem (Heb. 2:9).
E assim é agora também, a cruz e seus resultados, bem como, todo o seu esplendor fazem brilhar de uma
maneira majestosa e gloriosa a infinita graça de Deus. Vemos nela o lugar onde
Deus condenou na carne os nossos pecados e os julgou para sempre na Bendita
Pessoa do Senhor Jesus.
Aquele peitoral não fala nada de nós, nada vindo do nosso ego pode ser
visto nele; mesmo estando os nomes ali gravados. Tudo que me diz respeito, tudo
quanto pertence ao meu eu, tudo foi julgado e condenado no Senhor Jesus. Eis uma
lição importante para aprendermos quando olhamos para a Cruz, nada posso ver de
mim a não ser que os meus pecados foram todos julgados e condenados no Senhor
Jesus e que Deus promete não haver mais memória deles.
Assim, também é no peitoral, seja qual for o ângulo da nossa
contemplação, nada podemos ver dos filhos de Israel, seus nomes foram ali
gravados por pura graça; as belezas que estas pedras transmitiam manifestavam,
nesta diversidade de cores, Àquele que o planejou e concebeu; isto é
maravilhoso e próprio das obras de Deus.
Outra coisa que nos causa admiração naquelas pedras é o fato de não
termos informações sobre qual nome deveria ser gravado em tal ou qual pedra. É
verdade que os valores delas, bem como, sua beleza eram diferenciados, mas o
Senhor não ordenou que a gravação dos nomes dos filhos de Israel obedecesse ao
seu valor nominal ou a sua beleza (Ex. 28:21). Se isto tivesse ocorrido iriamos
pensar na distinção de um filho em relação ao outro; mas isto não aconteceu.
Podemos até pensar que as gravações obedeceram à ordem que temos nas escrituras
quanto ao nascimento deles (Gên. 35:22-26), mas não podemos assegurar isto. Toda
esta omissão é muito sugestiva. Aprendemos na linguagem das escrituras que o
Senhor não faz acepção de pessoas (Deut. 10:17; 2 Cron. 19:7; Jó 34:19; Atos
10:34; Rom. 2:11; Efe. 6:9; Tia. 2:1; 1 Pe. 1:17).
Estes pensamentos nos conduzem ao Novo Testamento e, em especial, a
primeira epistola aos Coríntios, capitulo 12, onde encontramos os dons
espirituais. Ali aprendemos que “Deus colocou os membros no corpo como quis (1
Cor. 12:18). Ele é soberano e ninguém pode contestar sua autoridade; por isso,
nenhum membro pode afirmar que não é do corpo, pois “somos corpo de Cristo e
seus membros em particular” (vs. 27). O olho não pode dizer a mão não preciso
de ti e nem qualquer outro membro pode
assegurar o mesmo, diz o apóstolo: “todos são necessários” (vs. 22). Deus nos colocou exatamente no lugar ou nos deu o
dom com o qual nós podemos servi-lo e agradá-lo.
Voltemos então ao nosso tema. Mas os nomes
dos filhos de Israel estavam ali gravados, isto indica que de uma maneira ou de
outra, que eles estavam associados com aquele brilho, e se havia esta
associação eles também deveriam brilhar como aquelas pedras. Pensando nisto lembramo-nos
dos conselhos do Senhor Jesus e do apóstolo Paulo como está registrado pelo
Espírito Santo no Novo Testamento. O
Senhor disse: “Vós sois o sal da terra” (Mat. 5:13); disse também: “Vós sois a
luz do mundo...e alumia a todo homem” (Mat. 5:14,15); e completou; “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mat. 5:16). Paulo por sua vez
disse que nós “somos para com
Deus o bom perfume de Cristo” (2Cor. 2:15).
Restam-nos umas
perguntas: Será que o mundo nos vê assim? Será real e verdadeiro que estamos
brilhando neste mundo? Se a nosso resposta for sim, perguntamos outra vez: Que
tipo de luz pode ser vista em nos? A luz de Cristo ou a luz copiada do mundo? Quando
nos vestimos onde nos espelhamos? Em Cristo ou no mundo? Quando divertimos, com
que nos exercitamos? Com Cristo ou com o que vem do mundo? Muitas outras
interrogações poderiam ser adicionadas aqui, mas penso que estas são
suficientes para um autoexame próprio ao pensar na beleza do brilho daquelas
pedras. Que o Senhor nos capacite a julgar a nós mesmo diante da sua santa
presença.
Já disse o
bastante sobre os materiais, agora vamos prosseguir com o exame do nosso texto.
A união.
Também
farás para o peitoral cadeiazinhas
de igual medida, obra trançada de ouro puro. Também farás para o peitoral dois anéis
de ouro, e porás os dois anéis nas extremidades do peitoral (EX. 28:22,23).
E ligarão o
peitoral, com os seus anéis, aos anéis do éfode por cima, com um cordão de azul, para que esteja
sobre o cinto de obra esmerada do éfode; e nunca se separará o peitoral do éfode (Ex. 28:28).
A análise do nosso texto mostra como o
Senhor cuidou de cada detalhe no peitoral; nada passou despercebido, tudo foi
cuidadosamente planejado e executado. As vestes sacerdotais deveriam estar
inteiramente interligadas, pois, segundo a apreciação do Senhor e os reclames
da sua justiça, as necessidades do seu amado povo deveriam ser completamente
providas. Por isso as diversas peças que compunham aquelas vestimentas, são nos
apresentadas nas escrituras num conjunto que expressa o atendimento destas
mesmas necessidades, e este conjunto deveria também ser unido de forma
inseparável. Eis a razão porque temos no verso 28 aquelas sublimes palavras: “nunca se separará o peitoral do éfode”.
Estas vestes com todos estes adornos
representavam as funções e os atributos do cargo sacerdotal, pois, em tudo, os
direitos de Deus deviam ser resguardados e nestes direitos, também as
necessidades daqueles que eram os objetos do seu amor que excede todo
entendimento. Assim a união destas
peças do vestuário, comunica aos nossos corações que em seus ombros o sacerdote
carregava as necessidades do povo (1 Pe. 2:24), enquanto que, em seu coração
submetia, com todo amor, estas necessidades à justiça de Deus, sabendo que os
seus direitos foram inteiramente atendidos, com base no sacrifício oferecido e
no sangue aspergido, onde encontrava graça e favor para perdoar aqueles a favor
de quem levava o Éfode.
Este pensamento também nos remete ao Novo
Testamento, onde vemos a unidade de Cristo e sua igreja. Paulo escreveu que
“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efe. 5:25). Em João 17
na conhecida oração sacerdotal o Senhor Jesus insiste nesta Unidade, mas antes
de mencioná-la, o Senhor diz: “Eu te glorifiquei na terra consumando a obra que
me confiaste para fazer” (Jo. 17:4). Depois em continuação desta mesma oração,
Ele acrescenta: “Pai
santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles
sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que
tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim (Jo 17:11,21-23).
Portanto, ao Éfode estavam ligados à
ombreira e o peitoral como destacamos acima, por uma ligadura que nunca poderia
ser desfeita. Aquelas laçadas azuis que faziam esta ligação comunica aos nossos
corações que estamos unidos ao Senhor Jesus Cristo por laços celestiais, laços inseparáveis.
Elas também demonstram a infinita graça de Deus que colocou nossos nomes em seu
coração e os uniu a si mesmo, por esta infinita graça, onde nunca podem ser
apagados.
Desta forma, o Sumo Sacerdote deveria
carregar nos seus ombros os filhos de Israel e isto estava maravilhosamente
simbolizado nas duas pedras sardônicas, cada uma com seis dos seus nomes,
sobrepostas em seus ombros. Mas, também deveria levar em seu coração estes
mesmos nomes, conforme foram gravados nas doze pedras engastadas no peitoral do
juízo. Não houve da parte do Senhor e nem poderia haver qualquer esquecimento.
Aquele que poderíamos imaginar ser o menor
ou mais frágil dentre eles, estava tão protegido como o mais forte; e não
apenas protegido, mas, também unido. Isto trás doçura ao coração saber que
indiferentemente do que somos ou do que possam pensar de nós, estamos
igualmente protegidos e unidos no amor redentor do Senhor Jesus. Louvado seja
para sempre seu Bendito e Santo Nome!
Infelizmente o inimigo tem procurado
desfazer esta unidade, tem combatido, lutado com todas as suas forças e,
aparentemente, tem conseguido; mas lembremos das palavras do Senhor Jesus ao se
referir a edificação da igreja em Mateus 16:18b: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Sempre, em todas as
épocas o Senhor sustentou um remanescente que não negou o seu Nome, como em Filadélfia
(Apoc. 3:8).
Mas acima mencionamos as cadeiazinhas de
ouro, os anéis de ouro e cordão azul. Estes pequenos materiais foram determinados
por Deus para unir as peças do tabernáculo. Como já fizemos referência, o ouro
é símbolo da pureza e glória dos céus, o azul fala daquilo que é do céu,
celestial. Os anéis por ser uma circunferência nos fala também do que é eterno,
daquilo que é a própria essência de Deus, daquilo que Deus é em si mesmo, o
Deus eterno. E são estes princípios que faziam a união do peitoral ao Éfode,
princípios eternos que jamais podem ser anulados.
Tudo foi patenteado com aquilo que é
celeste, demonstrando que nada depende de nós, tudo vem do alto, vem de Deus e,
portanto, nós podemos descansar tranquilos e sossegados, porque o que sustenta
tudo isto é uma aliança eterna firmada no sacrifício que o Senhor Jesus
realizou na cruz do calvário. A Ele sempre digamos que pertence toda glória e o
louvor eterno, glória vista no ouro e no azul daquelas laçadas; que embora
sendo, aparentemente tão pequenas, eram eles que uniam as coisas grandes, como
vemos nas laçadas azuis que uniram as próprias cortinas do tabernáculo. Assim
nesta unidade vemos sobre o ombro e sobre o coração do verdadeiro Sumo
Sacerdote os nomes daqueles que salvou e pelos quais vive sempre para
interceder por eles.
Se o caráter celestial desta união pudesse
ser desfeito estaríamos entregues a confusão e a insegurança que é própria da
nossa condição, mas bendito seja Deus, nada depende de nós, nada tem seu
fundamento aqui; tudo está firmado para sempre no céu, e isto dá gozo e paz ao
nosso coração.
O Urim e o Tumim.
Ex. 28:30; Lev. 8:8; Num. 27:21; Deut. 33:8;
1 Sam. 28:6; Esd. 2:83; Nee. 7:65.
Esta duas palavras significam “Luzes e Perfeições”. É magnifico o
pensamento que isto comunica aos nossos corações; Arão não podia adentrar na
presença de Deus sem conduzir em seu coração os nomes do seu povo. Foi Deus
quem ordenou que eles fossem gravados naquelas doze pedras que adornavam aquele
peitoral, e foi Ele também que as uniu com laços celestes, laços azuis. A luz
que brilhava sobre o coração de Arão também brilhava sobre cada um deles, pois
seus nomes estavam gravados ali, por mandato divino. Toda beleza que irradiava
daquele peitoral manifestava sua grandeza e valor, e comunicava a qualquer que
o contemplasse um cenário incomparável.
Nas escrituras aprendemos que o Urim e o Tumim estavam relacionados com
várias questões que diziam respeito à vontade de Deus para o seu povo. Estas
luzes e perfeições revelavam ao povo a vontade de Deus naquilo que era relativo
a sua vontade. Quando o Senhor quis apresentar a Israel o sucessor de Moisés,
Ele deu a Moisés as instruções como isto deveria preceder e acrescentou que o
juízo do Tumim deveria ser posto perante Eleazar, o sacerdote, para que a
congregação de Israel lhe obedecesse (Num. 27:18-21). Este Urim era a luz que
deviam brilhar sobre o assunto em questão, para que não houvesse nenhuma duvida
quanto à escolha de Josué, como sucessor de Moisés.
Em Deut. 33:8, agora falando de Levi disse que o teu Tumim e teu Urim
são para o teu amado, que tu provaste em Massá, com quem tu contendeste nas
águas de Meribá. Mais tarde, quando Saul na batalha final da sua vida viu os
exércitos dos Filisteus, diz o escritor sagrado, que ele temeu e estremeceu
muito (1 Sam. 28:5) e consultou ao Senhor, mas o Senhor não lhe respondeu, nem
por sonhos, nem por Urim, nem por profetas (1 Sam. 28:6), neste caso vemos que
Saul procurou conhecer a vontade de Deus naquele momento, mas sua condição
espiritual impediu que o Senhor se revelasse a ele, então, para sua completa
ruína se valeu de outros meios, como a advinha de Endor.
E nos dias do sacerdote Esdras lemos
que muitos dos que voltaram das famílias sacerdotal não acharam o registro da
sua genealogia, por isso o tirsata os orientou que não comessem das coisas
sagradas, até que houvesse sacerdote com Urim e Tumim (Esdras 2: 62,63). Aqui vemos até onde podemos chegar quando nos
afastamos de Deus. Esta é uma semelhança bem próxima da condição da igreja
nestes dias. Ela perdeu sua identidade e aquilo que foi conhecido como o
ajuntamento dos santos, agora é conhecido como um prédio, uma organização,
triste estado!
Pois bem, Luzes e Perfeições é o que foi
posto no peitoral do juízo por determinação divina e estas duas coisas se
fundem numa mesma coisa. São apenas duas maneiras diferentes de falar do mesmo
substantivo; e é assim também que vemos a verdadeira expressão dista luz no
novo testamento. Como foi dito acima, João nos seus escritos nos mostra como a verdadeira
luz (o Urim) esteve entre nós, e narra todos
os detalhes indo até sua entrega no calvário.
Quando abrimos o seu evangelho no capítulo
um, bem no começo, verso 4, lemos: “Nele estava a vida e a vida era a luz dos
homens” e, em seguida, verso 9 “ali estava a verdadeira luz”. Seguindo
este mesmo evangelho; “a luz veio ao mundo” (3:19) e,
prosseguindo chegamos ao capitulo 8:12 e lemos as próprias palavras do Senhor
Jesus: “Eu sou a luz do mundo” e no capitulo 12 verso 46: “Eu
sou a luz que vim ao mundo”. Podemos afirmar com inteira convicção que o
evangelho de João põe diante de nós a verdadeira expressão daquilo que o Urim
prefigurava, ou seja, nosso amado e Bendito Senhor Jesus Cristo, a verdadeira
luz. João também escreveu na sua primeira epistola 1:5, que: “Deus é luz e não
há Nele trevas nenhuma”.
Pode haver luz mais perfeita que o
esplendor da glória de Deus na face do Senhor Jesus Cristo (2Cor. 4:6)?
Recordemos então os anéis de ouro, e a laçada azul; sim, tudo é de Deus. Aquele
que carregou os nossos pecados também nos uniu ao Seu coração continuamente e
para sempre, e jamais seremos desatados dali. Todos os poderes da terra e do
inferno jamais poderão desatar este nó celestial, símbolos dos anéis da justiça
divina e do amor eterno.Tudo isto é muito belo e cheio de instrução
para nós.
Se o evangelho de João põe em destaque a luz (o Urim), na epistola aos
Hebreus temos em destaque as perfeições (o Tumim) do nosso grande Sumo
Sacerdote. Logo no capitulo 2:10 encontramos a primeira ocorrência da palavra
nesta epistola, onde ela aparece em onze ocorrências. Ali lemos: “Porque convinha que aquele, para quem
são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos
à glória, consagrasse, aperfeiçoasse (teleioō)[1] pelas
aflições o Príncipe da salvação deles”.
Assim esta epistola vai desenvolvendo diante
de nós as perfeiçoes do Senhor Jesus em contraste com a imperfeição da economia
levítica; por isso lemos em capitulo 7:19 que “a lei nunca nenhuma coisa aperfeiçoou.
Entretanto, ao destacar a vida do nosso
Bendito Senhor, a epistola nos mostra que sendo provado, isto é, posto no lugar
da obediência, “aprendeu obediência pelo que padeceu, e sendo aperfeiçoado,
veio a ser a causa da eterna salvação para todos que lhe obedecem” (Heb. 5:8
e9).
As reais perfeiçoes para as quais o Tumim
apontava somente podem ser encontradas na sua Santa e Bendita Pessoa, o Senhor
do céu. Assim, novamente, em capitulo 7:28, temos a declaração máxima desta
perfeição: “a lei constituiu sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do
juramento, que veio depois da lei, constituiu o Filho, perfeito para sempre”. Em 1 Coríntios
13:10 o apóstolo Paulo fala de quando vier
o que é perfeito e aos efésios falando da razão porque Ele deu dons
espirituais diz: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do
Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”
(Efe. 4:13).
Voltando a epistola aos Hebreus, outra vez seu escritor ao falar da
superioridade do Senhor Jesus sobre as praticas do sacerdócio levítico ele diz
que “Vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros,
por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas
por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna
redenção (Heb. 9:11 e 12). Portanto, vemos como foi mostrado em figuras no tabernáculo, a grande
necessidade do Urim e o Tumim estar sobre o peitoral do juízo.
A verdadeira obra que nos desígnios eternos de Deus, foi pensada e
planejada antes da fundação do mundo, era ali apresentada em figuras quanto ao
juízo do seu amado povo, e no que diz respeito a este juízo era posta sobre o
coração do Sumo Sacerdote para serem conduzidos até a presença de Deus. Na cruz
do calvário a verdadeira luz brilhou, o verdadeiro sacrifício foi exposto entre
o céu e a terra, seu sangue correu até ao chão e a vitima santa, imaculada
entregou-se a si mesmo por nós. O Urim resplandeceu no calvário, milhões de milhões
foram iluminados por ele, e onde reinava as trevas a luz brilhou e a obra da
redenção estava plenamente consumada, aperfeiçoada.
Se a luz brilhou no calvário, as perfeições do Senhor foram manifestas
na sua ressureição. O primeiro dia da semana demonstrou que o que é perfeito (o
Tumim) não podia ser retido e como disse Pedro em Atos2:24 era impossível que a
morte o retivesse. Nós temos paz com Deus, conforme Romanos 5:1, porque Ele ressuscitou
por causa da nossa justificação (Rom. 4:25). As suas perfeições são
demonstradas em todos os aspectos da sua vida, da sua morte e da sua
ressureição. O salvo pode descansar em paz por causa desta perfeição, e se ninguém
pode condená-lo, também “nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo
Jesus” (Rom 8:1,2).
Agora pois, tendo transcrito estas passagens
que estão patenteadas no Novo Testamento acredito que temos visto por elas, que
aquelas luzes e perfeições que encontramos nos peitoral do juízo são figuras do
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a verdadeira luz e perfeição encarnadas.
João, bem no inicio do seu evangelho, ao
descrever a importância e glória da encarnação do Senhor Jesus diz que “ nós
recebemos da sua plenitude graça sobre graça(Jo. 1:16) e no verso seguinte (vs.
17), faz um comparativo com Moisés através de quem Deus deu a lei. Ele diz que
a “lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”. Então
diante de tudo isto, sem qualquer dúvida, vemos que “Luzes e Perfeições” e
“Graça e Verdade” são atributos da mesma pessoa
e revelam as variadas perfeições daquele que em amor por nós, veio a
este mundo resgatar os pecadores.
Aqui foi maltratado, humilhado, escarnecido,
cuspido; mas como diz o escritor aos Hebreus “em tudo foi tentado, mas sem
pecado (Heb. 4:15b). Na sua vida aqui entre nós fez raiar com todo fulgor as
luzes e perfeições que em graça e verdade brilharam neste cenário de trevas e
dura servidão do pecado. O Verbo, escreveu João, habitou entre nós cheio de
graça e verdade; e como um cordeiro foi levado ao matadouro, onde submeteu á
justiça que os nossos pecados mereciam, fazendo o juízo triunfar ali em toda
beleza e ternura do seu ser. No peitoral do juízo vemos, em figura, sobre seu
terno coração, os nomes daqueles que Ele comprou e resgatou por seu precioso
sangue, os quais brilham por esta graça que veio por ele e da qual Ele é o
fiador.
As Luzes e Perfeiçoes não poderiam ser
separadas, assim como a graça e a verdade; ambas foram manifestadas associadas
uma a outra e, juntas permaneceram até a consumação de tudo. Nós podemos
descansar tranquilamente porque sobre o coração do Nosso Sumo Sacerdote os
nossos nomes, por esta graça infinita, estão escritos e ninguém poderá
apagá-los; Ele vive sempre para interceder por nós (Heb. 7:25).
Como está no Salmos 89:14 “Justiça e juízo são a base do teu trono; graça e verdade te precedem” (RA), estes são os raios
inapagáveis que brilham da cruz do Senhor Jesus, onde a justiça e o Juízo
encontrou resposta para todas as suas reinvindicações; onde nossos pecados
foram punidos Nele e nossa culpa, foi para sempre apagada; ou como diz o
inspirado apóstolo em Colossenses 2:14: “Havendo riscado a cédula
que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz”.
Preciosa graça! Maravilhosa verdade! Onde as encontramos? Somente na
cruz do nosso Bendito Senhor Jesus, onde as luzes e perfeições que outrora
foram, em figura, apresentadas no Urim e Tumim, se manifestaram em tal grandeza
que seu brilho e perfume subiu a Deus num resplendor de glórias e num perfume
jamais exalado. Louvado e Exaltado seja seu Bendito e Santo Nome.
No Salmo 97:2 lemos que “Nuvens e escuridão estão ao
redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono”; temos duas frases de
imensa importância neste contexto. A primeira fala que nuvens e escuridão
estiveram em redor dele. Tal é a cena do
calvário! Ali houve trevas: “E
desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à
hora nona (Mat. 27:45); o salmista continua e diz que
“os seus relâmpagos
iluminam o mundo; a terra viu e tremeu” (Sal. 97:4; Mat. 27:51).
Assim é como os evangelhos descrevem os mementos da agonia do Senhor
Jesus, quando tratou dos problemas dos nossos pecados. O verdadeiro Arão estava
ali como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e como tal, foi levado ao matadouro; e assim fez de uma vez para
sempre (Heb. 10) a obra da nossa redenção;
Justiça e direito, como diz a segunda frase do verso acima citado, formam a base do seu trono; e o apóstolo acrescenta em
Romanos 8:32 “Aquele
que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós”. Que infinita graça brilha desta cena
humilhante do calvário!
Mas continuando no Salmo 97 os últimos dois versículos dizem: “A luz semeia-se para o justo, e a
alegria para os retos de coração. Alegrai-vos, ó justos, no SENHOR, e dai louvores à memória da
sua santidade”. O resultado de tal graça não poderia se
diferente: luz, alegria, louvor à memória da sua santidade, Àquele que é digno
de tudo; o Senhor dos céus e da terra.
Finalizando, recorremos ainda ao livro de Salmos para deleitar nas
sublimes palavras do Salmo 85:10 (RA). Diz o salmista: Encontraram-se a graça e a verdade, a
justiça e a paz se beijaram. O descanso dos salvos, toda
segurança, todo gozo e prazer, estão plenamente assegurados e sustentados por
esta realidade absoluta, na qual o esplendor da obra redentora do Senhor Jesus brilhou
na cruz do calvário. Nela vemos que tudo que impedia o acesso do pecador à
presença de Deus foram completamente removidos e uma paz perene foi completamente
estabelecida. O capítulo dois da epistola aos Efésios trata de tudo isto e o
leitor pode recorrer a ele para sanar todas as dúvidas. Deus foi glorificado na
cruz e o Senhor Jesus também; João registrou, no seu evangelho, suas próprias palavras
quanto a este acontecimento real e veradeiro (Jo. 8:54; 12:27,28; 17:1,5).
Antes de finalizar quero citar as afirmativas de Tiago, as quais
acredito eu, são de muito valor e importância para todo estudo da Palavra de
Deus, diz Tiago: “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, do Pai
das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tia. 1:17).
Nelas encontramos unidas aquelas duas palavras “Luzes e Perfeições”. Diz ele
todo “dom perfeito” vem do “Pai das Luzes” e ambas se referem à mesma fonte, “O
PAI”.
Sabemos que não esgotamos e nem poderíamos esgotar o manancial de
riquezas apresentados pelo Espírito Santo no peitoral do juízo; a mente humana
é incapaz de extrair tudo quanto nele está contido, apenas arranhamos sua
superfície; entretanto, se estas poucas considerações puder incentivar o leitor
a estudá-las, não teremos escrito em vão estes pensamentos. A minha oração é
que Deus seja engrandecido em todos aqueles que confessam seu Bendito e Santo
Nome. Amém!
J.B.Carneiro.
Maio de 2019.
[1]teleioō esta palavra aparece 24 vezes no Novo
Testamento, sendo que destas ocorrências 09 são na epistola aos Hebreus.
Teleios aparece 16 vezes, sendo 02
vezes em Hebreus 5:14 e 9:11.
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