sábado, 14 de dezembro de 2013

Disciplina dos Filhos



DISCIPLINA DOS FILHOS

              Uma das questões muito complexa e mal entendida das escrituras,  diz respeito à criação dos filhos. Neste assunto temos várias instruções tanto no Novo como no Velho testamento, especialmente, no livro de Provérbios.
Acredito que a família constitui um dos pontos mais relevantes das escrituras, e atentar para sua importância no contexto bíblico, certamente ajudará a compreender a causa da sua inserção no projeto divino.
Precisamos lembrar que o pecado foi introduzido no mundo por um ato de desobediência, mas pela obediência de outro, muitos serão feito justos (Rom. 5:19).
               Então, diante disto, o ponto essencial, ao tratar com os filhos é demonstrar a beleza da obediência no plano de Deus. Isto é de suprema importância. Se isto for posto em prática desde o principio será evitado um mundo de aflições, tanto para os pais como para os filhos.
Aos filhos é ordenado prestar plena obediência a seus pais. Esta é a regra divina. Os pais, por outro lado, devem ter cuidado de não provocar seus filhos a ira,  mediante uma conduta arbitraria, manifestando preferência por um mais que por outro, ou por uma ociosa aniquilação da vontade da criança,  apenas para demonstrar a autoridade paterna ou materna.
A criança deverá  sempre ver que seus pais têm seu verdadeiro interesse no coração, e que o verdadeiro amor é a fonte que motiva todos os seus atos. Mas devemos insistir na obediência dos filhos, sobretudo nesta época de independência, uma época especialmente caracterizada pela desobediência aos pais, e não só pela desobediência, mas também, em muitos casos, por uma grosseira falta de respeito.
Muitos jovens de hoje parecem considerar os seus pais como se pertencessem à “velha escola” e carecessem de aptidão educativa. Daí a predisposição para contradizer a seus pais e impor suas próprias opiniões. Tudo isto é contrário à natureza, e é também, uma manifestação de impiedade. Não pode ser tolerado.
E podemos agregar o repreensível costume — adoptado por muitos jovens — de chamar os seus pais com desrespeitosas palavras tais como “tirano”, “ditador”, etc., ou mesmo as suas mães mediante algum epíteto similar, igualmente repugnável.
Instamos com os nossos jovens a estar em guarda contra estas coisas e contra o espírito do qual elas procedem, e a cultivar um espírito reverente, o qual seguramente conduzirá a um trato respeitoso para com seus pais. É uma admirável prova de boa educação que os filhos respeitem aos seus pais.
Necessitamos acrescentar que em todos os assuntos nos quais a autoridade de Deus se vê comprometida, é ela que deve prevalecer sobre qualquer atribuição. Oh, que possamos nos render ao poder corretor da graça e da verdade!
Não podemos entender como alguém que chama a si mesmo de pai cristão pode adoptar esse sistema de tratar os filhos com severidade e crueldade. Semelhante trato denota mais a conduta de um amo cruel de escravos do que de um pai cristão.
Sem dúvida, há casos em que se requer disciplina; porém deveria ser administrada de tal maneira que o menino fosse convencido de que é aplicada para seu bem, e não como fruto de um mau temperamento ou de uma arbitraria severidade. A “vara” deve ser usada de forma relutante. Tem que ser empunhada como último recurso.
Em resumo, um pai cristão sempre deve ter diante dele, como modelo, o trato de seu Pai celestial para com ele. Acaso o Pai celestial inflige castigo por pecado confessado? O mero pensamento disto seria uma blasfêmia. Ele só castiga por amor e com o objetivo de fazer-nos participantes da sua santidade (Hebreus 12). Ele se angustia em ter que usar a vara. “Então, se angustiou a sua alma por causa da desgraça de Israel” (Juízes 10:16). Isto deveria ser o modelo de todo pai cristão.
Não cremos no perpétuo sistema de açoite. Não faz mais que endurecer e revoltar a criança. E desejamos agregar que o pai e a mãe devem estar perfeitamente unidos na administração da disciplina. O fato de que uma criança tenha que pedir socorro a um de seus pais para que o proteja do outro, revela um estado de coisas, no círculo familiar, muito chocante a toda mente bem equilibrada.
O pai e a mãe não devem ter nem um só pensamento divergente com respeito ao sistema de disciplina e formação. Eles devem ser vistos pelos filhos como uma só autoridade, uma só influência. A firmeza do pai e a ternura da mãe devem estar perfeitamente e docemente combinadas, de modo que sua ação conjunta se faça sentir em todo o sistema disciplinar.
Mas, como pode isto ser posto em prática? Somente estando juntos com os joelhos  dobrados na presença de Deus. Este é o verdadeiro segredo da disciplina doméstica. Se o pai e a mãe não oram juntos, não vigiam juntos e, se não atuam juntos, a educação dos filhos sofrerá as consequências.
Queira o Senhor, em sua infinita bondade, ajudar a todos os pais cristãos a desempenhar corretamente suas elevadas e santas funções, de modo que Seu nome seja glorificado nos lares do seu povo!

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Será assim um dia.

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