Um grito de Advertência

"Há uma vereda, que ignora a ave de rapina e jamais a viram os olhos do falcão; nunca a pisaram filhos de animais altivos e pela qual nunca passou o leão...  Porém onde se achará a sabedoria e onde está o lugar da inteligência? O homem não conhece o seu valor, e nem ela se acha na terra dos viventes... Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? ... Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu lugar... Então a viu e relatou; estabeleceu-a, e a esquadrinhou. E disse ao homem: O Temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é a inteligência ou entendimento” (JÓ 28: 7, 8, 12, 13, 20, 23, 27, 28)".

                                         Um grito de Advertência!

É impressionante os estragos que o tempo produz no universo, quer os contemplemos, como pessoas, natureza, costumes, princípios ou qualquer outra coisa.

Dentre estas ruínas, nada é mais desastrosa do que aquelas que são refletidas na raça humana. As dimensões delas não pode e não é avaliada pela sabedoria humana, e os resultados manifestos atestam estes fatos.

A minha geração é testemunha de como este processo maligno, também, está presente naquilo que foi, é e sempre será visto por Deus, como a coisa mais nobre, bela, preciosa e magnifica deste mundo, que é, "a IGREJA" que Ele comprou com o precioso Sangue do Seu Amado Filho.

A gravidade da situação me move a escrever este pequeno artigo, e me faz retroceder a minha infância para recordar dos valores morais, que caracterizam aqueles que professavam o Nome de Cristo, naqueles saudosos dias. Isto também me leva a recordar da instrução dada pelo Apóstolo Paulo a Timóteo, quando discorreu sobre as características dos dias nos quais vivemos: "tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela" (2 Tim. 2:5).

O quadro é tão grave que as características dos crentes foram banalizadas; aquilo que era símbolo de pureza, de santidade, de respeito em períodos anteriores, é, no presente, motivo de blasfêmia, de calunia e de difamação.

Outra área que foi, inteiramente, afetada, foi a do vestuário. Deus fez distinção entre os sexos e o distintivo mais visível é a vestimenta. No livro de Deuteronômio, Moisés apresenta a forma como Deus instituiu e ao mesmo tempo vê esta distinção, escreveu ele: "Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao SENHOR, teu Deus" (Deut. 22:5). 

Outrora, lembro-me que havia liderança nas igrejas locais e eram zelosos pelos princípios e valores que devem caracterizar as relações e as exposições, no mundo, dos homens e mulheres que compõem o corpo local.

Havia falta de ensinadores letrados, intelectuais; havia também, por desconhecimento das escrituras, pela falta de instrução daqueles irmãos, leigos e analfabetos, aceitação e introdução de ritos e cerimoniais que não contribuíram para o desenvolvimento e crescimento dos irmãos; mas, na área moral, davam exemplos e testemunho de que haviam estado com o Senhor Jesus.

As mulheres se apresentavam conforme ensina o novo testamento e se manifestavam visivelmente, conforme 1 Timóteo 2:9,10: "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras". Até mesmo um vestido sem mangas era inadequado para aquelas que professavam o nome do Senhor.

Estes dias estava ouvindo a distância, uma conversa entre duas irmãs, e elas ao se referirem a outras, diziam que "as crentes" destes dias tem dois guarda-roupas: Um para o mundo e outro para a igreja. Isto é aterrador! Onde estamos! Onde andam os lideres? Cadê o zelo pela causa do Senhor? Temos que admitir que vivemos em Laodiceia (Apoc. 3).

Não podemos ficar estáticos diante disto, por isso, está aqui um grito, um murmúrio, uma advertência. O nome do Senhor não pode ser tratado com tanto menosprezo. Diz o Salmista que: "Deus deve ser em extremo tremendo na assembléia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que o cercam" (Sal 89:7).

Infelizmente, um principio diabólico, que tem o nome de democracia, foi instituído na igreja, e a maioria tem tomado a direção das coisa, com o argumento de que uma decisão única não pode ser acatada, pois, constituiu uma tirania, quando, na verdade, a verdadeira tirania é introduzida pela chamada democracia.

Só há um caminho para o povo de Deus, que é segundo Deus; é a obediência a sua palavra. Se a conduta a obediência for obra de um ou de vários, eis ai o caminho da sabedoria e deve ser seguida por todos; no entanto, o que vemos são cegos guiando cegos, ou como diz Isaias: "Porque os guias deste povo são enganadores, e os que por eles são guiados são devorados" (Isa 9:16), e o resultado não pode ser outro.

A situação é tão grave que o temor e tremor, tão requerido nas escritura, é ignorado e as fotografias estampadas nas redes sociais são um testemunho ocular do que afirmo.

Sei que estas advertências não são bem vistas e que não soarão agradáveis em muitos corações, mas são necessárias em dias tão maus como estes.

Deus em seu grande e infinito amor possa, verdadeiramente e sinceramente, ocupar nossos pobres corações, e introduzir, pela sua graça, temor, reverência, santidade, pureza e amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, de tal forma que possamos viver e andar neste mundo, de modo digno do Senhor e para seu inteiro agrado (Efe. 4:1 e Colos. 1:10).

J. B. Carneiro