Junto ao Mar!
É impressionante acompanhar como os evangelistas descrevem o
ministério do Senhor Jesus, especialmente, o que Ele fez a beira mar. Todos dão
ricos detalhes da esfera deste ministério junto ao mar.
Quando pensamos Nele como o padrão de vida para todo
aquele que o deseja servir, seu exemplo, sua vida moral, seus interesses, enfim
aquilo que pautou sua conduta enquanto viveu aqui, deveria constituir-se num
principio, numa regra de procedimento para todos os que professam seu nome.
Seus opositores não encontram em nenhum momento da sua
existência, nada do que pudesse acusa-lo, seu principal juiz teve que dizer: “Não
acho nele crime algum” (Jo 18:38,; 19:4,6).
Foi por causa deste exemplo que o Apóstolo Pedro pode
escrever: “Varão aprovado por Deus” (Atos 2:22) e o Espírito Santo atestou: “Aquele que
não conheceu pecado” (II Cor 5:21), “Sem pecado” (Heb. 4:15); “O qual não
cometeu pecado” (I Pe 2:22); “Nele não existe pecado” (I Jo 3:5).
Junto ao mar lemos Dele “caminhando” (Mat 4:18; Mar 1:16); “Assentado”
(Mat 13:1,; Mar 4:1), “Caminhando por cima do mar” (Mat 14:25; Marc 6:48; João 6:19); “ao pé do mar”
(Mat 15:29); “Ensinando as multidões” (Mar 2:13; 4:1); “Retirando com os seus discípulos”
(Mar 3:7); “Repreendendo os ventos e o mar” (Mat 8:26; Mar 4:39, Luc 8:24); “junto
ao mar” (Mar 5:21,; Luc 5:1); “Indo ao mar da Galileia” (Mar 7:31); “No o outro
lado do mar, em Cafarnaum” (João 6:25); “Apresentando-se na praia” (João 21:4).
Dentre todas as referências que temos da estadia do Senhor
junto ao mar, e especialmente, nas relações com os seu discípulos, vemos nesta (Jo
21 1-14) uma singularidade exemplar.
É impressionante o relato sagrado deste encontro: “
Manifestou-se assim” (ver 01); “Na praia” (ver 4); “É o Senhor. E quando Pedro
ouviu que era o Senhor, CINGIU-SE COM A TÚNICA, e lançou-se ao mar” (ver
07.
A simples leitura desta passagem deveria infundir em nós
tremor e temor, pois o Espírito Santo nos ensina que isto aconteceu porque ele
(Pedro) estava nu. Perguntamos: Se o Senhor teve tantas atividades nas margens
do mar ou mesmo sobre ele, porque Pedro não podia ficar nu perto Dele?
Acredito que para mente espiritual a lição que advém daqui é
tremenda e de um valor imenso, pois, Pedro não podia ficar assim perto do seu
Senhor, porque enquanto viveu perto dele, aprendeu o exemplo que Ele deu a
todos eles, jamais se retirou para aqueles lugares para expor o seu corpo, ou
fazer qualquer outra coisa que seu Pai não fosse glorificado.
Dentre as coisas nas quais Deus não pode ser glorificado, a
nudez tem um papel relevante, e aqueles que se relacionam com Ele sabem que
toda nudez deve ser coberta na sua presença.
A primeira vez que o homem entendeu que estava nu
escondeu-se de Deus (Gen 3:10); a primeira vez que lemos a palavra nudez está
acompanhada de maldição (Gen 9:21-25). A quinta vez que lemos de nudez está
relacionada ao altar e a instrução é precisa: “Nem subirás pro degraus ao meu
altar, para que a tua nudez não seja ali exposta” (Ex 20: 26).
Acredito que estas poucas transcrições da palavra de Deus
são suficientes para nos indicar qual e como deve ser nosso relacionamento com
o nosso Deus e qualquer lugar da natureza. Devemos lembrar que a natureza
glorifica seu criador e não o desonra e nós não podemos, como seus filhos, ser
diferentes.
Que Deus seja glorificado nestas ponderações.
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